Dificuldade de identificar cheiros pode estar relacionado à demência
O experimento submeteu centenas de idosos a testes olfativos
Em uma busca incessante por novas respostas para o tratamento da demência, pesquisadores descobriram que a dificuldade de identificar cheiros pode indicar um eventual sinal precoce da doença. Especialmente entre pacientes idosos que sofrem de diabetes tipo 2.
O estudo, publicado na revista Diabetes Research and Clinical Practice, investigou como a disfunção olfativa pode estar relacionada à perda da função cognitiva, levando a resultados mais aprofundados na área científica.
O estudo submeteu 151 pacientes japoneses mais velhos, portadores de diabetes tipo 2, sem diagnóstico de demência, a um monitoramento da função cognitiva desses pacientes ao longo de cinco anos.
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Dificuldade de identificar cheiros e a chance de demência
Para entender a relação entre os dois fatores, o processo de identificação utilizou odores como mentol, laranja, curry, gás de cozinha, rosa e hinoki (madeira de cipreste japonês), além de perfumes, tinta indiana e madeira. Foram acrescentados ainda o cheiro de suor de meias, leite condensado e alho assado ao teste para identificar a acuidade olfativa.
A pesquisa reforça que a disfunção olfativa pode, de fato, ser um marcador precoce de demência. Isso porque aqueles participantes do estudo que tiveram menor pontuação no teste tiveram significativamente um maior desenvolvimento de provável demência ao longo de três anos. Aproximadamente 9% dos participantes se encaixaram nesse cenário.
A pesquisa, considerada um marco na produção científica sobre o tema, enfatiza a importância desses estudos em compreender cada vez mais sobre a demência e seus eventuais marcadores.