Distimia, quando o mau humor pode ser uma doença

A distimia é uma doença crônica que pode começar ainda na infância

05/06/2018 14:22 / Atualizado em 05/05/2020 10:45

Nem sempre é fácil reconhecer quando alguém tem depressão. Enquanto a forma mais severa da doença impede que a pessoa trabalhe e faça as atividades do dia a dia, existem outros tipos da doença com sintomas menos intensos que acabam passando despercebidos. Uma delas é a distimia.

Este subtipo da doença traz uma sensação de tristeza menos intensa do que a depressão, porém, a melancolia é duradoura, e pode se estender por anos, o que faz que a pessoa e os que estão próximos a ela tenham dificuldade para notar os sinais.

A distimia é uma forma menos severa da depressão, mas que pode persistir por anos
A distimia é uma forma menos severa da depressão, mas que pode persistir por anos - Getty Images/iStockphoto

Todos tendem a achar que os sinais fazem parte da própria personalidade da pessoa, como ser “explosiva”, “personalidade forte” ou “mau humorada”.

A distimia atinge três vezes mais mulheres em relação aos homens e pode começar ainda na infância. Por ano, mais de 2 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença no Brasil.

De acordo com o site Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, além do comportamento explosivo, percebe-se grande irritabilidade no paciente com distimia. Também consideradas pessoas de difícil relacionamento. No trabalho, costumam ser chamadas de resmungões. Apesar de trabalharem corretamente, normalmente tem problemas em serem criativos. Além disso, distímicos apresentam o mesmo padrão do sono de quem tem depressão.

A presença de duas ou mais características a seguir fazem parte do diagnóstico de quem possui distimia: Apetite reduzido ou aumentado, insônia ou hipersonia, baixa energia ou fadiga, baixa auto-estima, fibromialgia, dificuldade em tomar decisões, pessimismo permanente, baixa capacidade de se concentrar e sentimento de desesperança.

Não existe cura para a distimia, mas o uso de antidepressivos e psicoterapias podem ajudar no tratamento. Os antidepressivos ajudam com relação aos distúrbios psicológicos. Já a terapia, serve para que o paciente aprenda a estabelecer boas relações afetivas, familiares e sociais.

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