‘Foi a doença mais brutal que já tive’, diz homem que ingeriu bactéria
Rapaz foi voluntário de um estudo para testar uma vacina contra o patógeno que ingeriu
Um norte-americano de 26 anos enfrentou sintomas terríveis após ingerir um líquido contaminado pela bactéria Shigella, responsável por causar a disenteria. A experiência fez parte de um estudo realizado na Universidade de Maryland, nos EUA, para testar uma vacina contra o patógeno.
Jake Eberts relatou em sua conta do Twitter a experiência que teve com a doença durante o tempo em que ficou em quarentena no hospital universitário.
Além de diarreia com sangue nas fezes, ele teve cólicas estomacais, febre de 39,4°C e muita dificuldade de levantar qualquer um de seus membros.
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“Essa foi a doença mais brutal que eu já estive, e eu queria morrer por seis horas. Não consigo imaginar o quão aterrorizante é essa doença para uma criança”, publicou.
Durante os dias em que ficou em observação no hospital, o rapaz recebeu isotônicos para combater a desidratação. Dias depois, foi medicado com antibiótico para controlar a infecção e se recuperou em quatro dias.
Eberts foi infectado em um teste, no qual os participantes recebem uma vacina experimental ou placebo para depois serem expostos à doença. Para participar do estudo, ele recebeu cerca de US$ 7 mil.
Antes de ser infectado, Eberts recebeu duas injeções com cerca de um mês de intervalo e ficou em isolamento por 11 dias. Ele suspeita que tenha recebido o placebo devido a gravidade dos sintomas que desenvolveu.
Bactéria Shigella
A infecção causada pela bactéria Shigella causa diarreia sanguinolenta, febre e dor de estômago. É normalmente transmitida por alimentos e água contaminados, mas também pode ser transmitida ao tocar em superfícies contaminadas por alguém infectado.
O tratamento consiste basicamente na administração de fluidos para combater a desidratação. Em casos mais graves, os pacientes também podem receber antibióticos para ajudar a eliminar a infecção.
A Shigella pode desencadear até 160 milhões de casos e 600.000 mortes todos os anos. Atualmente, não há vacina disponível, mas vários testes para um possível imunizante estão em andamento.