Doença rara semelhante à poliomielite preocupa os EUA
Em uma semana, número de casos subiu de 62 para 155 em 22 estados
Uma doença rara que paralisa braços e pernas de crianças está preocupando autoridades de saúde nos Estados Unidos. A mielite aguda flácida ou “AFM” (sigla em inglês) é muito semelhante à poliomielite, que também compromete movimentos dos membros.
Em uma semana, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país diz que o número de casos subiu de 62 para 155 em 22 estados.
Apesar de ser um condição rara, os Estados Unidos notaram um ligeiro crescimento no número de casos desde 2014. Nos últimos 4 anos, foram 386 casos confirmados.
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A doença, que afeta principalmente crianças, começa com um resfriado (com tosse, febre e espirro) e logo depois o sistema nervoso é atacado, o que causa um formigamento e eventualmente paralisia de um ou mais membros.
Paciente diagnosticados com a doença também apresentaram fraqueza, doenças respiratórias, fala arrastada e dificuldades de engolir e de respirar.
A análise de dados dos últimos cinco anos indica que a doença é mais comum em pessoas abaixo dos 18 anos (90% dos casos), mas a média da idade dos pacientes é de 4 anos.
Causas desconhecidas
A causa da maioria dos casos de mielite aguda flácida permanece desconhecida. As autoridades ainda não determinaram quem está em maior risco para o desenvolvimento de AFM, ou as razões pelas quais essas pessoas podem estar em maior risco. “Ainda não sabemos os efeitos a longo prazo do AFM. Sabemos que alguns pacientes diagnosticados se recuperaram rapidamente, e alguns continuam com paralisia e necessitam de cuidados contínuos”, diz o relatório publicado pelo CDC.
Apesar dos sintomas semelhantes aos da poliomielite, nenhum caso de AFM foi positivo para esse vírus. Os pesquisadores estão considerando agentes ambientais, vírus e outros patógenos.
De acordo com o CDC, todos os casos nos Estados Unidos estão sendo monitorados. As autoridades também informaram que estão incentivando os profissionais da área de saúde a reconhecer e relatar casos suspeitos da doença.
Prevenção
Em entrevista ao site Medical Daily, Samuel Dominguez, do Hospital Infantil do Colorado, diz que não há evidências de que seja uma doença contagiosa. “Essa é uma síndrome relativamente incomum. Então, acho que isso deve ser reconfortante para as pessoas”, afirmou.
Até que mais pesquisas sejam feitas, os especialistas dizem que a melhor tática de prevenção é manter uma boa higiene pessoal lavando as mãos regularmente. Os pais também estão sendo orientados para que fiquem atentos à saúde de seus filhos e a qualquer sintoma que por ventura possa aparecer. Eles também orientam que as crianças estejam em dia com suas vacinas.