Dor nos ossos é um dos principais sintomas desse tipo de câncer
Muitas pessoas desconhecem esse câncer, o que torna a busca por tratamento ainda mais tardia
Embora raro e pouco conhecido, o câncer de mieloma múltiplo é o segundo tipo de câncer de sangue mais frequente no mundo. No Brasil, estima-se que quatro a cada cem mil pessoas sofram com a doença, uma média de 7.600 novos casos a cada ano.

A doença compromete o sistema hematológico, causando, sobretudo, complicações nos ossos. Seus sintomas são inespecíficos e podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, o que pode atrasar o diagnóstico.
Atualmente, as causas do mieloma múltiplo ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, alguns fatores de risco já foram identificados, como idade acima de 60 anos, histórico familiar da doença e acometimento de mais homens do que mulheres.
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Quais são os sintomas do câncer de mieloma múltiplo?
Entre os primeiros sinais do mieloma múltiplo, a dor óssea se destaca. Muitas pessoas, inclusive, chegam à primeira consulta com fraturas patológicas, causadas pela fraqueza da estrutura óssea.
Segundo a hematologista Dra. Lisa Aquaroni Ricci, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), além da dor, outros sintomas podem estar associados à doença, como fadiga, anemia, emagrecimento, urina com espuma e insuficiência renal.
A doença afeta os plasmócitos, um tipo de glóbulo branco, presente na medula óssea e responsável pela produção de anticorpos que combatem infecções.
No lugar das células saudáveis, surgem versões malignas que se multiplicam descontroladamente, causando anemia e dor óssea. Elas também produzem anticorpos anormais, conhecidos como proteína M ou proteína monoclonal, o que pode causar dano renal.
Diagnóstico e tratamento
O câncer de mieloma múltiplo pode ser detectado através de exames laboratoriais, exames de imagem e de medula óssea.
Embora não tenha cura, muitos pacientes conseguem levar uma vida com qualidade graças a tratamentos que controlam a progressão da doença e aliviam os sintomas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações irreversíveis e ampliar as opções terapêuticas disponíveis.
Nos últimos anos, avanços significativos na medicina têm aumentado a sobrevida e o bem-estar dos pacientes.
Entre os tratamentos mais eficazes, Dra. Lisa destaca a imunoterapia, a terapia celular e os inibidores de osteólise. Outra opção de tratamento é o transplante de medula óssea, embora não seja uma indicação para todos os pacientes, já que os protocolos de tratamento são distintos para cada pessoa.
Como prevenir?
Embora não exista uma maneira definitiva de evitar a doença, a hematologista orienta que manter um estilo de vida saudável pode contribuir para a saúde geral do organismo.
Uma alimentação equilibrada, com acompanhamento nutricional, boa higiene bucal e vacinas em dia são hábitos que podem trazer benefícios para o bem-estar e fortalecer o sistema imunológico.