Estudo revela que dormir nesta posição favorece a saúde do cérebro

A posição em que adormecemos desempenha um papel crucial na qualidade do nosso sono. Mas qual seria a postura mais recomendada para maximizar os benefícios do descanso?

Um estudo, publicado no Journal of Neuroscience, investigou o sistema glinfático em roedores para entender como a postura corporal durante o sono afeta a eliminação de resíduos cerebrais.

O sistema glinfático é responsável por remover substâncias indesejadas do sistema nervoso central, incluindo proteínas como a β amiloide (amiloide) e a tau. O acúmulo dessas proteínas está associado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer e outras condições neurológicas.

• América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
• Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
• Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
• Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?

Qual é a melhor posição para dormir?

Pesquisadores da Stony Brook University, nos Estados Unidos, sugerem que dormir de lado pode ser mais vantajoso para a saúde do cérebro do que dormir de costas ou de bruços.

Segundo o estudo, a posição lateral ativa o sistema linfático, facilitando a remoção de resíduos cerebrais de maneira mais eficiente.

Os resultados mostraram que a posição lateral favorece o transporte glinfático, tornando-o mais eficiente do que nas posições supina (de costas) ou prona (de bruços).

A pesquisadora Helene Benveniste, uma das autoras do estudo, afirmou que a análise mostrou como a posição lateral pode facilitar esse processo de “limpeza” cerebral.

Como o estudo foi conduzido?

A equipe de pesquisadores utilizou técnicas avançadas para validar os dados obtidos por ressonância magnética e avaliar a influência da postura corporal na eliminação de resíduos cerebrais.

Comparando as três posições mais comuns de dormir, a lateral se destacou como a mais eficaz na promoção da função glinfática. Isso sugere que o sono, além de seu papel tradicional de descanso, tem uma função biológica crucial de limpar as toxinas acumuladas durante o período de vigília.

Benveniste acrescentou que muitos tipos de demência estão ligados a distúrbios do sono, incluindo dificuldades para adormecer. Estudos recentes, inclusive, têm demonstrado que esses problemas de sono podem acelerar a perda de memória em pacientes com Alzheimer.

A descoberta de que a posição de dormir também é importante traz novos insights sobre como melhorar a qualidade do sono e potencialmente reduzir os riscos de doenças neurodegenerativas.

Por que o sono é essencial para o cérebro?

Segundo um estudo publicado na revista Nature Neuroscience, o sono serve para reiniciar o “sistema operativo” do cérebro. O que deixa as pessoas em um estado ideal para o pensamento e o processamento de informações.

O cérebro pode ser comparado a um computador biológico, cujos recursos são esgotados durante a vigília.

Durante o sono, especialmente na posição lateral, ocorre um processo de “limpeza” que remove os resíduos acumulados, otimizando a função cerebral para o próximo período de vigília.