DPOC: a doença que deixou o ator Pedro Paulo Rangel internado
Conheça os sintomas e as possíveis causas da condição que afeta 17% dos brasileiros
O ator Pedro Paulo Rangel, de 74 anos, está internado desde o início de novembro, no Rio de Janeiro, para tratar DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica.
O ator, que interpretou o personagem Calixto na novela “O Cravo e a Rosa”, da TV Globo, usou as redes sociais para atualizar sobre seu estado de saúde.
“Fora do CTI [Centro de Terapia Intensiva], mas ainda sem previsão de alta”, escreveu o ator em uma foto tirada no hospital.
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A doença foi diagnosticada há duas décadas depois de anos de vício em cigarro. Hoje, o ator é tratado com medicamentos e um rotina saudável de exercícios e fisioterapia.
O que é a DPOC?
A DPOC é uma doença respiratória crônica, que se desenvolve ao longo de anos de exposição aos agentes que agridem os pulmões. A condição afeta principalmente adultos de meia-idade ou idosos que fumam.
Quanto maior a exposição ao cigarro, maiores as chances de desenvolver a doença.
Quem tem DPOC convive com sintomas como falta de ar e tosse crônica. A doença é progressiva, ou seja, pode piorar gradualmente e ser incapacitante, levando à falta de ar e afetar a realização de atividades simples do dia a dia.
Também pode haver períodos em que os sintomas pioram repentinamente. O tratamento, porém, pode ajudar a manter a condição sob controle.
A prevalência da DPOC entre os brasileiros é de cerca de 17%. A doença é a quinta causa de morte entre todas as idades. Nas últimas décadas, foi a quinta maior causa de internação no SUS (Sistema Único de Saúde).
O tratamento inclui reabilitação pulmonar, medicamentos e respiração com inaladores. Em alguns casos, cirurgia ou transplante de pulmão podem ser necessários.
Sintomas da DPOC
Os principais sintomas da DPOC são:
- Falta de ar , especialmente quando a pessoa está ativa
- Tosse persistente com catarro
- Infecções pulmonares frequentes
- Ruídos respiratórios
Como para parar de fumar
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) destaca que nunca é tarde para largar o cigarro, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo fumo. Uma boa razão é que, de acordo com o órgão de saúde, os pulmões dos fumantes já funcionam melhor em um intervalo de 12 a 24 horas após o abandono do hábito.
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem quer parar de fumar. Acesse este link do Programa Nacional de Controle do Tabagismo para obter informações sobre os locais que oferecem o tratamento em seu município.
Veja abaixo outras orientações do Inca:
1. Marque uma data ainda esta semana para deixar de fumar.
2. Enquanto não chega o dia que você marcou, reduza o número de cigarros diariamente, começando pelo adiamento do primeiro cigarro do dia. Não fume logo depois do café da manhã, do almoço, do lanche e do jantar. Essas medidas ajudam a diminuir o número de cigarros e vão preparando seu corpo para o dia da parada.
3. Um dia antes da data que marcou para deixar de fumar, quando for dormir, molhe com água todos os cigarros que sobraram no maço e jogue-os no lixo.
4. Não deixe nenhum cigarro para o dia seguinte porque, se tiver vontade de fumar e não tiver cigarros em casa, você terá mais sucesso, pois dificilmente você sairá devido ao risco da contaminação pelo coronavírus.
5. Se der vontade de fumar, lembre-se de que essa vontade só dura cinco minutos. Para se distrair nesses cinco minutos: ligue a televisão, tome um banho, coma uma fruta, faça um exercício respiratório… Enfim, faça alguma atividade para esse tempo passar.
6. Lembre-se que essa vontade de fumar irá diminuir à medida que os dias forem passando. Tenha paciência.