Em 24h, Brasil tem quase 12 mil notificações de covid-19

Também foram registradas 95 mortes em decorrência da infecção nas últimas 24 horas

09/11/2022 10:38

Os casos de covid-19 voltaram a aumentar no Brasil. Só nas últimas 24h, o país registrou quase 12 mil notificações da infecção causada pelo novo coronavírus, segundo o boletim do consórcio de veículos de imprensa. Ao todo, foram 11.970 casos.

A alta já estava sendo sentido nas últimas semanas, após levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrar um volume maior de testes positivos nas farmácias do país.

Brasil tem quase 12 mil notificações de covid-19 em 24h
Brasil tem quase 12 mil notificações de covid-19 em 24h - istock

Também foram registradas 95 mortes pela doença no país nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pelo novo coronavírus subiu para 688.539.

A situação ocorre junto com o surgimento de uma nova subvariante da Ômicron, a BQ.1, que já foi identificada no Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul em São Paulo.

Na terça-feira, foi registrada a primeira morte de paciente infectada com a BQ.1, em São Paulo. A vítima era uma mulher de 72 anos com comorbidades e que estava acamada.

A nova cepa é derivada da variante BA.5 da Ômicron. Ela parece se espalhar mais facilmente e foi responsável pelo aumento de casos na Europa, Estados Unidos e na Ásia.

Apesar disso, não há evidências, até o momento, de que provoque doença mais grave.

Quais os sintomas mais comuns?

Os sintomas da covid-19 vão mudando à medida que as cepas evoluem e sofrem mutações. Mas, no geral, os mais comuns continuam.

A médica infectologista Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, destaca que os principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse e dificuldade para respirar.

Ela ressalta, no entanto, que a população deve estar atenta a outras manifestações do corpo, como coriza, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça, produção de catarro, dores no corpo, vômitos e diarreia.

Os sintomas podem aparecer sozinhos ou combinados, dependendo da gravidade da infecção.

Quando fazer o teste?

A recomendação para aqueles que tiveram contato com alguém que positivou para a doença é fazer o teste de covid, mesmo que esteja sem os sintomas, já que pessoas assintomáticas podem passar o vírus para frente sem saber.

O diagnóstico se dá por meio de um teste específico para a covid-19, disponível nas redes pública e privada, além de farmácias e laboratórios.

Dra. Rebecca defende que a testagem de pacientes com sintomas respiratórios deve ser feita em todos os casos.

“Sempre estimulamos a confirmação por exame laboratorial, mesmo para pacientes com sintomas leves e sem fatores de risco. Com o aumento no número de casos leves, as pessoas com risco de desenvolver um quadro grave ficam mais expostas”, explica.

A infectologista lembra que o paciente consegue ter um melhor tratamento quando diagnosticado corretamente, diminuindo as chances de evolução da doença para quadros mais graves.

Devo voltar a usar máscara?

Embora tenha deixada de ser obrigatória nos  estabelecimentos e transporte público, a máscara segue sendo uma recomendação para pessoas com suspeita da doença e também para idosos acima de 75 anos, pessoas que passaram por transplante de órgão recente, pessoas imunossuprimidas e com comorbidades que a deixam mais vulneráveis às infecções.

Também é recomendável o uso de máscaras em ambientes fechados, com aglomeração em sem circulação de ar, mesmo por pessoas com condições de saúde normais.

Máscaras são recomendadas principalmente em ambientes fechados, sem circulação de ar
Máscaras são recomendadas principalmente em ambientes fechados, sem circulação de ar - Getty Images

As vacinas continuam protegendo?

A vacinação continua sendo a melhor medida de prevenção contra a covid-19.

“As doses de reforço são importantes porque, sem elas, a proteção cai consideravelmente. E a gente observa que muita gente negligenciou essas doses (de reforço). Quanto maior for a barreira imunológica encontrada pelo vírus, mais dificilmente ele disseminará em uma população”, destaca a especialista.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 399 milhões de doses foram aplicadas no País. Com isso, 91,5% da população tomou a 1ª dose e 85,8% estão completamente vacinados.