Em 24h, Brasil tem quase 12 mil notificações de covid-19
Também foram registradas 95 mortes em decorrência da infecção nas últimas 24 horas
Os casos de covid-19 voltaram a aumentar no Brasil. Só nas últimas 24h, o país registrou quase 12 mil notificações da infecção causada pelo novo coronavírus, segundo o boletim do consórcio de veículos de imprensa. Ao todo, foram 11.970 casos.
A alta já estava sendo sentido nas últimas semanas, após levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrar um volume maior de testes positivos nas farmácias do país.
Também foram registradas 95 mortes pela doença no país nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pelo novo coronavírus subiu para 688.539.
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A situação ocorre junto com o surgimento de uma nova subvariante da Ômicron, a BQ.1, que já foi identificada no Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul em São Paulo.
Na terça-feira, foi registrada a primeira morte de paciente infectada com a BQ.1, em São Paulo. A vítima era uma mulher de 72 anos com comorbidades e que estava acamada.
A nova cepa é derivada da variante BA.5 da Ômicron. Ela parece se espalhar mais facilmente e foi responsável pelo aumento de casos na Europa, Estados Unidos e na Ásia.
Apesar disso, não há evidências, até o momento, de que provoque doença mais grave.
Quais os sintomas mais comuns?
Os sintomas da covid-19 vão mudando à medida que as cepas evoluem e sofrem mutações. Mas, no geral, os mais comuns continuam.
A médica infectologista Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, destaca que os principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse e dificuldade para respirar.
Ela ressalta, no entanto, que a população deve estar atenta a outras manifestações do corpo, como coriza, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça, produção de catarro, dores no corpo, vômitos e diarreia.
Os sintomas podem aparecer sozinhos ou combinados, dependendo da gravidade da infecção.
Quando fazer o teste?
A recomendação para aqueles que tiveram contato com alguém que positivou para a doença é fazer o teste de covid, mesmo que esteja sem os sintomas, já que pessoas assintomáticas podem passar o vírus para frente sem saber.
O diagnóstico se dá por meio de um teste específico para a covid-19, disponível nas redes pública e privada, além de farmácias e laboratórios.
Dra. Rebecca defende que a testagem de pacientes com sintomas respiratórios deve ser feita em todos os casos.
“Sempre estimulamos a confirmação por exame laboratorial, mesmo para pacientes com sintomas leves e sem fatores de risco. Com o aumento no número de casos leves, as pessoas com risco de desenvolver um quadro grave ficam mais expostas”, explica.
A infectologista lembra que o paciente consegue ter um melhor tratamento quando diagnosticado corretamente, diminuindo as chances de evolução da doença para quadros mais graves.
Devo voltar a usar máscara?
Embora tenha deixada de ser obrigatória nos estabelecimentos e transporte público, a máscara segue sendo uma recomendação para pessoas com suspeita da doença e também para idosos acima de 75 anos, pessoas que passaram por transplante de órgão recente, pessoas imunossuprimidas e com comorbidades que a deixam mais vulneráveis às infecções.
Também é recomendável o uso de máscaras em ambientes fechados, com aglomeração em sem circulação de ar, mesmo por pessoas com condições de saúde normais.
As vacinas continuam protegendo?
A vacinação continua sendo a melhor medida de prevenção contra a covid-19.
“As doses de reforço são importantes porque, sem elas, a proteção cai consideravelmente. E a gente observa que muita gente negligenciou essas doses (de reforço). Quanto maior for a barreira imunológica encontrada pelo vírus, mais dificilmente ele disseminará em uma população”, destaca a especialista.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 399 milhões de doses foram aplicadas no País. Com isso, 91,5% da população tomou a 1ª dose e 85,8% estão completamente vacinados.