Entenda o estado profundo de coma de Paulinha Abelha
Apesar da gravidade, médicos dizem que condição é reversível
Paulinha Abelha, vocalista do grupo de forró banda Calcinha Preta, segue internada na UTI após apresentar problemas renais. Na terça-feira,22, os médicos que a acompanham em um hospital particular de Aracajú disseram que seu coma está no grau 3, na escala de Glasgow, ou seja, o mais baixo nível de consciência.
Essa escala é um método confiável utilizado pelos médicos com o intuito de definir o estado neurológico de pacientes a partir da análise de seu nível de consciência.
O nível varia de 3 a 15, sendo o grau 3, o mais baixo e que representa maior gravidade no estado de saúde.
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Como é feita a avaliação?
A escala de Glasgow avalia três estímulos diferentes: a abertura ocular, a resposta verbal e a resposta motora do corpo. Cada reação é medida utilizando uma pontuação que vai de 3 a 15.
Após estas avaliações, é feita a somatória dos três parâmetros avaliados, onde o valor mais baixo que se pode obter na escala de Glasgow é de 3 pontos e o maior é de 15 pontos,
Perto de 15 é o nível de consciência normal. Quando o score está entre 9 a 12 pontos, a condição é considerada moderada. E quando a classificação varia de 3 a 8 pontos, a situação é considerada grave, tendo a necessidade de intubação imediata.
A escala foi criada em 1974 pelo Instituto de Ciências Neurológicas de Glasgow, no Reino Unido.
A ideia era desenvolver um método que medisse os níveis de danos neurológicos nos pacientes, possibilitando a utilização do tratamento mais adequado.
Coma é uma condição reversível
Em entrevista coletiva realizada pelos médicos que acompanham o quadro de Paulinha Abelha, foi negada morte cerebral. “Existe o coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda”, afirmou o neurologista Marcos Aurélio Alves.
Ainda segundo os médicos, apesar de não haver um diagnóstico fechado sobre a condição da cantora, eles trabalham com a possibilidade de uma lesão renal aguda.
“Muitos pacientes se recuperam em situações assim, outros podem desenvolver um caso mais crônico e necessitar de terapia renal substituída. Nesse momento, substituímos pela hemodiálise”, acrescentou Dr. Ricardo Leite, diretor técnico do Hospital Primavera.
Doze dias internada
Paulinha foi internada no dia 11 de fevereiro com problemas renais, logo após passar mal durante uma turnê realizada em São Paulo.
No dia 14, o quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI e passou a fazer diálise.
Na quinta, 17, novo boletim médico foi divulgado, informando que a cantora estava em coma e que seria transferida de hospital.
O último boletim médico divulgado pela equipe de Paulinha Abelha, na terça-feira, 22, informou que a artista permanece com o quadro neurológico grave inalterado, sem necessidade de medicamentos para ajuste da pressão, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de hemodiálise para ajuste da função renal.