Entenda o que é a cirurgia de amputação do reto pela qual Preta Gil passou
A cirurgia fez parte do tratamento de um câncer colorretal diagnosticado no ano passado
A cantora Preta Gil contou em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que precisou fazer amputação do reto como parte do tratamento para o câncer colorretal, diagnosticado em 2023.
A cirurgia, também chamada de ressecção abdominoperineal do reto, foi realizada há um ano.
“Tudo nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e eu não posso ter vergonha porque é a minha realidade”, afirmou Preta.
- 4 situações que indicam a necessidade de fazer exame de colonoscopia antes dos 45
- Entenda o que é câncer no estágio 4 e o que pode ser feito
- Câncer de pâncreas: conheça sinal de alerta detectado em 75% dos casos
- Sintomas de câncer de fígado: como identificar os sinais precoces
O que é a cirurgia de amputação de reto?
A cirurgia de amputação do reto é um procedimento cirúrgico utilizado principalmente no tratamento de cânceres localizados no reto.
Nessa operação, todo o reto e o canal anal são removidos, juntamente com parte dos tecidos circundantes, para garantir a remoção completa do tumor e prevenir a recorrência da doença.
A amputação do reto é indicada em casos em que o câncer está localizado muito próximo ao ânus, impossibilitando outras cirurgias que preservem o esfíncter anal e a continência fecal.
Também pode ser indicada quando o tumor é muito invasivo ou recorre após tratamentos anteriores, como quimioterapia ou radioterapia.
Como é feita a cirurgia de amputação do reto?
A cirurgia é realizada em duas etapas principais: a primeira envolve a remoção do reto e do canal anal; a segunda, a retirada dos tecidos ao redor do ânus através de uma incisão perineal. Essa abordagem combinada garante a remoção completa da área afetada.
Após a remoção, é criada uma colostomia permanente, onde a extremidade do intestino grosso é trazida para a superfície da pele, permitindo a eliminação das fezes através de uma bolsa coletora. Essa mudança na anatomia digestiva requer adaptação, mas é essencial para a cura da doença.
Em quais casos a cirurgia pode ser necessária?
De acordo com a Johns Hopkins Medicine, o motivo mais comum para retirada do reto é o câncer colorretal. Ela também pode ser usada para tratar uma doença inflamatória intestinal. Isso inclui:
- Colite ulcerativa: doença que faz com que úlceras e infecções se formem na camada interna do cólon e reto.
- Doença de Crohn, que causa inflamação, irritação e feridas que vão fundo na parede do cólon. Pode acontecer em qualquer lugar ao longo do trato digestivo.
O que é o câncer colorretal?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal, também chamado de câncer de intestino, é o terceiro mais frequente na população brasileira. É superado apenas pelos de mama e próstata, desconsiderando o de pele não melanoma.
Este tipo de câncer pode se desenvolver no cólon (intestino grosso) ou no reto. Inicialmente, a doença surge como um pólipo não cancerígeno no revestimento interno desses órgãos, que pode evoluir para um tumor maligno.
Entre os fatores de risco, encontram-se componentes genéticos, doenças inflamatórias intestinais, tabagismo, obesidade, sedentarismo e idade avançada.
Sintomas iniciais do câncer colorretal
- Sangue nas fezes;
- Ir mais ou ir menos ao banheiro sem causa aparente;
- Alteração na forma das fezes;
- Cólica abdominal.
Em estágios mais avançados, a doença pode provocar anemia, perda de apetite, emagrecimento e cansaço.