Entenda o que é e como tratar malária, doença que acomete Camila Pitanga
A doença é comum na região amazônica, porém é mais letal fora dela; Saiba mais:
Nesta terça-feira, 11, após a atriz Camila Pitanga revelar ter contraído malária, surgiu na internet diversos questionamentos sobre como desenvolve a doença. A artista chegou a ser desacreditada na internet por dizer que contraiu a enfermidade mesmo não estando em uma região amazônica, onde a doença é mais comum. Para desmistificar a doença veja o que ela é, como tratar, sintomas e diagnóstico, de acordo com o Ministério da Saúde.
Há muito tempo a malária não era debatida, pois a doença já tem uma vacina eficaz no Brasil e durante muitos anos o índice de casos foram baixíssimos. Com a apologia feita pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a cloroquina para combater a covid-19, mesmo sem estudos científicos que comprovem essa tese, voltou-se a falar da doença Isso porque um dos medicamentos usados no tratamento da malária é, justamente a cloroquina.
Camila Pitanga fez o teste para covid-19 que deu negativo por causa das semelhanças entre os sintomas das duas doenças. Por ela estar passando o último período numa zona de Mata Atlântica no litoral de São Paulo, os médicos suspeitaram que poderia ser malária. O exame confirmou. Mas você sabe o que é, como tratar, como é o diagnóstico da malária? Para entender todas essas questões acompanhe abaixo:
O que é a malária?
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-Amazônica, composta pelas demais unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade que chega a ser 128 vezes maior. Existe transmissão residual de malária em estados da região extra-Amazônica, principalmente em áreas de Mata Atlântica (SP, MG, RJ e ES).
Quais são os sintomas?
- febre alta;
- calafrios;
- tremores;
- sudorese;
- dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
- Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Quais são as complicações da malária?
A doença grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas:
- prostração;
- alteração da consciência;
- dispneia ou hiperventilação;
- convulsões;
- hipotensão arterial ou choque;
- hemorragias;
- Entre outros.
As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pela espécie P. falciparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.
Como é feito o tratamento?
Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e o peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir:
- Gota espessa – técnica baseada na visualização das formas do parasita através de microscopia óptica.
- Esfregaço – é o método mais utilizado para a identificação do protozoário, porém a sensibilidade do diagnóstico é menor que o da gota espessa.
- Testes rápidos – testes rápidos para a detecção de componentes antigênicos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos) do protozoário.
As informações foram obtidas junto ao Ministério da Saúde