Entidade estabelece recomendações para suplementação de vitamina D
Especialistas estabelecem novas orientações para evitar usos desnecessários e até nocivos do suplemento
A Endocrine Society, entidade que representa a classe da endocrinologia internacionalmente, atualizou as recomendações sobre a prescrição e uso de vitamina D.
As diretrizes aconselham adultos saudáveis com menos de 75 anos de idade a absterem-se de tomar suplementos de vitamina D que excedam as recomendações da Academia Nacional de Medicina (NAM).
A suplementação acima das recomendações do NAN devem voltar-se apenas para grupos específicos.
Estes incluem crianças e adolescentes de 1 a 18 anos para prevenir o raquitismo nutricional; idosos acima de 75 anos, gestantes (a fim de precaver complicações maternas e fetais) e indivíduos com pré-diabetes.
Para os adultos saudáveis na faixa de 19 a 74 anos, a regra geral é que não há necessidade de suplementar vitamina D.
As novas orientações foram elaboradas por um painel de especialistas, diante da crescente popularidade dos suplementos de vitamina D nos últimos anos.
A preocupação era com usos desnecessários e até nocivos do suplemento.
Os especialistas apresentaram as recomendações no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.
Qual a importância da vitamina D?
A vitamina D, em níveis adequados, é essencial para a saúde geral do corpo. Ela desempenha um papel importante na absorção de cálcio, o que é fundamental para a formação e manutenção de ossos e dentes fortes.
Além disso, essa vitamina ajuda a regular o sistema imunológico, protegendo contra infecções e doenças autoimunes.
Ademais, outra função importante é o suporte ao sistema neuromuscular, contribuindo para a força muscular e equilíbrio.
Estudos indicam que a vitamina D pode também reduzir o risco de certas doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Vitamina D em excesso podem ser perigoso
A vitamina D quando em altas doses pode fazer mais mal que bem. Ela pode levar, por exemplo, à formação de pedras nos rins e, eventualmente, causar danos renais ou insuficiência renal.
Outros problemas incluem sintomas gastrointestinais como perda de apetite, constipação ou diarreia.
Além disso, em casos graves, pode haver depósitos de cálcio nos tecidos moles, causando danos aos órgãos como rins, pulmões e coração.