Especialistas apontam mitos e verdades sobre o uso do enxaguante bucal
O uso do enxaguante bocal causa câncer? A presença de álcool no produto faz mal à saúde? Para esclarecer essas questões, o professor Claudio Mendes Pannuti, especialista em periodontia, apresentou ao site da Universidade de São Paulo quais são os maiores mitos e verdades sobre o produto. Confira:
1. Enxaguatórios bucais podem substituir a escovação
Mito. Os enxaguatórios bucais devem ser utilizados com a escova e o fio dental, complementando a higiene bucal. A rotina completa (com fio dental, escovação e enxaguatório) reduz até 99% das bactérias da cavidade bucal, enquanto que o uso de métodos mecânicos apenas (fio dental e escovação) alcançam somente 25% da área da boca.
2. O enxaguatório bucal melhora o hálito.
Verdade. Enxaguatórios bucais têm ação contra bactérias associadas à halitose (mau hálito), que pode ser resultado também de outros problemas bucais, como doença periodontal, além de determinadas condições sistêmicas. Por isso, um dentista sempre deve ser procurado para uma avaliação mais profunda.
3. A presença de álcool no produto faz mal.
Mito. O uso de enxaguatórios bucais com álcool é seguro, segundo várias pesquisas científicas, como a pesquisa Mouthwash and oral cancer risk quantitative meta-analysis of epidemiologic studies, publicada nos Annals of Agricultural and Environmental Medicine, em 2012. O álcool presente na fórmula do produto é de grau farmacêutico, usado para a diluição dos óleos essenciais, que constituem os princípios ativos do produto. O álcool permite uma penetração eficaz dos óleos essenciais no biofilme.
4. É possível diluir o produto para arder menos.
Mito. A diluição do produto em água reduz a concentração do princípio ativo. Consequentemente, o produto perde eficácia. Existem produtos com e sem álcool, com sabores fortes e mais suaves. O dentista sempre deve ser consultado para indicar o produto mais apropriado.
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