Esta postura de yoga é ligada a risco maior de derrame

Embora a postura inegavelmente ofereça benefícios à saúde para alguns, pode ser arriscada para outras pessoas

De acordo com algumas pesquisas, algumas posturas de yoga devem ser evitadas por certos indivíduos porque elas aumentam os riscos de condições neurológicas como derrame e também de danos oculares.

Em 2015, o Journal of Bodywork and Movement Therapies relatou que a técnica de invertida sobre a cabeça, também conhecida como sirsasana, altera significativamente a carga da cabeça e do pescoço.

A postura de Yoga chamada invertida sobre a cabeça pode ser arriscado para qualquer pessoa com glaucoma
Créditos: FilippoBacci/istock
A postura de Yoga chamada invertida sobre a cabeça pode ser arriscado para qualquer pessoa com glaucoma

De acordo com o relatório, 45 praticantes que realizaram três invertidas sobrecarregaram suas cabeças com 40% a 48% de seu peso corporal total.

O relatório observou, no entanto, que entrar na postura com as pernas retas juntas pode reduzir a carga.

Ao entrar na posição, o sangue começa a fluir das pernas para a cabeça.

Robert Saper, médico que preside o departamento de bem-estar e medicina preventiva da Cleveland Clinic, disse ao Washington Post que isso pode causar problemas neurológicos, incluindo derrame.

Quem sofre de glaucoma também pode causar mais danos aos olhos, pois a pressão intraocular aumenta significativamente durante a prática.

Caso em 2019

Em 2019, uma mulher norte-americana de 40 anos chamada Rebecca Leigh sofreu um derrame enquanto realizava esta postura.

A praticante de yoga rompeu um grande vaso sanguíneo em seu pescoço após entrar na posição, o que resultou em uma lesão que alterou sua vida.

Ela conta que sentiu a sua visão embaçada, seus membros, fracos e dores de cabeça logo após sair da posição. Nos dias que se seguiram, ela notou que seu olho estava caído e suas pupilas tinham tamanhos diferentes, então, foi levada às pressas para o hospital.

Os médicos constataram que ela havia rompido sua artéria carótida direita, que enviava um coágulo para o cérebro e causava o derrame.

Hoje, ela não consegue falar mais do que alguns minutos, sofre de dores de cabeça diárias e tem uma grave perda de memória.