Esta postura de yoga é ligada a risco maior de derrame

Embora a postura inegavelmente ofereça benefícios à saúde para alguns, pode ser arriscada para outras pessoas

15/04/2023 12:01

De acordo com algumas pesquisas, algumas posturas de yoga devem ser evitadas por certos indivíduos porque elas aumentam os riscos de condições neurológicas como derrame e também de danos oculares.

Em 2015, o Journal of Bodywork and Movement Therapies relatou que a técnica de invertida sobre a cabeça, também conhecida como sirsasana, altera significativamente a carga da cabeça e do pescoço.

A postura de Yoga chamada invertida sobre a cabeça pode ser arriscado para qualquer pessoa com glaucoma
A postura de Yoga chamada invertida sobre a cabeça pode ser arriscado para qualquer pessoa com glaucoma - FilippoBacci/istock

De acordo com o relatório, 45 praticantes que realizaram três invertidas sobrecarregaram suas cabeças com 40% a 48% de seu peso corporal total.

 

O relatório observou, no entanto, que entrar na postura com as pernas retas juntas pode reduzir a carga.

Ao entrar na posição, o sangue começa a fluir das pernas para a cabeça.

Robert Saper, médico que preside o departamento de bem-estar e medicina preventiva da Cleveland Clinic, disse ao Washington Post que isso pode causar problemas neurológicos, incluindo derrame.

Quem sofre de glaucoma também pode causar mais danos aos olhos, pois a pressão intraocular aumenta significativamente durante a prática.

Caso em 2019

Em 2019, uma mulher norte-americana de 40 anos chamada Rebecca Leigh sofreu um derrame enquanto realizava esta postura.

A praticante de yoga rompeu um grande vaso sanguíneo em seu pescoço após entrar na posição, o que resultou em uma lesão que alterou sua vida.

Ela conta que sentiu a sua visão embaçada, seus membros, fracos e dores de cabeça logo após sair da posição. Nos dias que se seguiram, ela notou que seu olho estava caído e suas pupilas tinham tamanhos diferentes, então, foi levada às pressas para o hospital.

Os médicos constataram que ela havia rompido sua artéria carótida direita, que enviava um coágulo para o cérebro e causava o derrame.

Hoje, ela não consegue falar mais do que alguns minutos, sofre de dores de cabeça diárias e tem uma grave perda de memória.