Esta vitamina reduz chances de câncer de mama, segundo estudo

Pesquisadores descobriram que a deficiência desta vitamina pode colocar a mulher em risco maior da doença

O câncer de mama representa 30% de todos os cancros femininos e é ainda a principal causa de mortalidade oncológica entre as mulheres em todo o mundo. Mesmo que, graças a diagnósticos precoces e terapias eficazes, este tumor seja cada vez mais curável e a sobrevivência dos pacientes esteja aumentando, muito ainda pode ser feito para prevenir esta doença.

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou que mulheres com baixos níveis de vitamina D no sangue correm maior risco de câncer de mama. Baixos níveis desta vitamina também estariam ligados ao aparecimento de doenças autoimunes e outras patologias, como a covid.

Mulheres que tinham níveis baixos de vitamina D no sangue tinham maior probabilidade de desenvolver câncer de mama do que as mulheres com níveis suficientes
Créditos: LeviaZ/istock
Mulheres que tinham níveis baixos de vitamina D no sangue tinham maior probabilidade de desenvolver câncer de mama do que as mulheres com níveis suficientes

Os investigadores americanos têm-se interessado por um segmento específico da população, nomeadamente o das mulheres de origem afro-americana ou hispânica. Acredita-se que quase dois terços de mulheres negras e mais de um terço das mulheres hispânicas que vivem nos Estados Unidos sofrem com a falta de vitamina D – e isso se deve à cor mais escura da pele, que corresponde a níveis mais elevados de melanina.

Detalhes do estudo

Todas as participantes selecionadas para o estudo (1.300 mulheres negras e 562 mulheres hispano-latinas) tinham uma irmã que havia sido diagnosticada com câncer de mama. Os pesquisadores analisaram os níveis de vitamina D no sangue das mulheres e realizaram entrevistas para saber sobre sua saúde, estilo de vida e a possível presença de outras patologias.

As participantes foram acompanhados durante nove anos, durante os quais 290 mulheres negras e 125 mulheres hispânicas desenvolveram câncer da mama. Ao analisar os níveis de vitamina D no pequeno grupo de mulheres que adoeceram durante o estudo, descobriu-se que níveis demasiado baixos desta vitamina – abaixo de 20 ng/mL – estão associados a um maior risco de desenvolver cancro da mama (+ 21%).

Em contraste, as mulheres com bons níveis de vitamina D no sangue apresentam maior resistência à doença – um risco 48% menor para as mulheres hispânico-latinas e um risco 11% menor para as mulheres negras, respectivamente.

Sobre a vitamina D

A vitamina D ajuda o corpo a absorver o cálcio, que é essencial para uma boa saúde óssea. Ela também ajuda os sistemas imunológico, muscular e nervoso a funcionar adequadamente. A maior parte da vitamina D é produzida quando uma forma inativa do nutriente é ativada na pele exposta à luz solar.

Ainda é possível obter quantidades menores de vitamina D em peixes gordurosos, ovos e leite fortificado.