A apneia obstrutiva do sono, quando grave, pode aumentar significativamente a probabilidade de uma insuficiência cardíaca, derrame (AVC)  ou ataques cardíacos.

A condição também pode causar arritmias cardíacas, um problema com a regularidade dos batimentos cardíacos, o que pode levar à morte súbita em pessoas com problemas cardíacos preexistentes.

O que é a apneia obstrutiva do sono?

Apneia obstrutiva do sono é um distúrbio em que as vias aéreas estreitam ou ficam bloqueadas enquanto a pessoa dorme, o que significa que ela para de respirar por curtos períodos durante a noite.

Acontece que quedas repentinas de oxigênio no sangue durante o sono podem aumentar a pressão arterial e forçar o sistema cardiovascular.

Esse distúrbio do sono pode afetar qualquer pessoa, mas os homens têm duas a três vezes mais probabilidade de ter.

No entanto, o risco das mulheres aumenta se elas estiverem acima do peso ou tiverem passado pela menopausa.

Os sintomas da apneia do sono incluem ronco, sono agitado, falta de disposição e sonolência durante o dia e problemas de memória, atenção e concentração.

Apneia e problemas cardíacos

Na verdade, pesquisadores da Universidade de Galway, na Irlanda, descobriram que quanto mais problemas de sono a pessoa tem, maior o risco de derrame.

As descobertas são consistentes com pesquisas anteriores que ligam o sono de baixa qualidade à pressão alta e a danos nos vasos sanguíneos.

Um dos motivos pode ser o impacto do sono curto e fragmentado e dos distúrbios do sono na capacidade do corpo de regular o metabolismo, a pressão sanguínea e a inflamação. Todos esses são fatores de risco para AVC.

O estudo, publicado no ano passado na revista Neurology, analisou dados de mais de 4.500 pessoas que sofreram um derrame.

Os resultados mostraram que as pessoas que dormiam menos de 5 horas por noite tinham três vezes mais chances de ter um derrame do que aquelas que dormiam sete horas.

Já ter apneia do sono foi associado a um aumento de três vezes no risco de derrame.