Este é um dos primeiros sinais de câncer de testículo
A doença pode acontecer em qualquer idade, mas ocorre mais frequentemente entre 15 e 40 anos
O câncer testicular é conhecido por ser um dos tipos de câncer mais tratáveis e curáveis, especialmente quando detectado precocemente. Por isso, a importância de conhecer os sinais.
Ainda que corresponda a 5% do total de casos de câncer entre os homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de testículo vem aumentando entre os mais jovens, com idade entre 15 e 40 anos.
O primeiro sinal que costuma ser notado é presença de um nódulo ou inchaço nos testículos.
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Esse nódulo pode ser do tamanho de uma ervilha ou maior e geralmente não causa dor, o que pode levar à demora na busca por ajuda médica.
A autopalpação dos testículos é uma prática recomendada para identificar qualquer alteração anormal o mais cedo possível.
“É comum que a descoberta do tumor aconteça durante a higiene com aumento do volume do testículo ou nódulo geralmente indolor, por isso o autoexame na região é a melhor forma de garantir a detecção de qualquer alteração”, comenta Pamela Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.
Como identificar um nódulo suspeito?
A palpação pode ser feita no banho quente, pois a água morna relaxa o escroto, facilitando a detecção de qualquer anormalidade.
É importante usar as duas mãos para examinar cada testículo separadamente, procurando por qualquer nódulo, inchaço ou alteração na textura.
Se encontra um nódulo duro, como uma pedra, é importante consultar um médico. A confirmação ocorre por meio de um ultrassom da bolsa escrotal, que identifica a lesão.
O médico também pode solicitar exames laboratoriais para a identificação de marcadores tumorais que contribuem para o risco da doença em questão.
Outros sinais iniciais de câncer de testículo
- Sensação de peso no escroto;
- Dor ou desconforto (sintoma mais raro);
- Mudanças na forma ou tamanho.
Quais os fatores de risco?
- Crianças que tiveram criptorquidia, disfunção congênita em que o testículo nasce fora da bolsa escrotal, ou seja, fora da posição normal;
- história familiar ou pessoal prévia de câncer de testículo;
- pacientes que receberam tratamento de radioterapia na infância;
- traumas frequentes no testículo;
- infecções frequentes;
- exposição à radiação.
Como é o tratamento para câncer de testículo?
O câncer testicular é altamente tratável, mesmo quando se espalha para outras partes do corpo. Os tratamentos dependem do tipo de câncer testicular e de quão longe ele se espalhou. Mas, na maioria das vezes, opta-se pela a cirurgia.
“Após a cirurgia, pode existir ainda um tratamento posterior com quimioterapia, radioterapia ou até mesmo o seguimento clínico com exames”, explica a oncologista.
“É muito importante que esse paciente faça o acompanhamento regular indicado pelo especialista. A partir disso, pode-se investigar a presença da doença em outros órgãos e agir o mais rápido possível para oferecer o melhor ao paciente”, comenta a médica.
Apesar de raro, o câncer de testículo é altamente curável. Com o tratamento precoce, as chances de cura podem chegar a mais de 95%.