Este fator, segundo especialistas, pode ser a principal causa do Parkinson
Descoberta representa um avanço significativo no estudo sobre a doença
Em meio a milhões de casos em todo o mundo, o Parkinson, conhecido por sua ação debilitante que afeta gradualmente o cérebro, é alvo constante de estudos no campo da medicina.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Copenhague identificaram uma possível causa da doença, o que pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos, ainda inexistentes para essa condição.
Evidências científicas indicam que as mitocôndrias, responsáveis por converter energia e fornecer combustível para as células, desempenham um papel crucial nesse processo. Diferente de outras partes do corpo, as mitocôndrias possuem seu próprio material genético, o DNA mitocondrial.
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O que pode causar o Parkinson?
Ou seja, em termos práticos, o que os especialistas sugerem é que a disseminação de DNA mitocondrial danificado está diretamente associada aos sintomas do Parkinson e sua progressão para demência. Essa descoberta foi possível através de estudos realizados em cérebros humanos e de ratos.
Os resultados revelaram que o dano mitocondrial se espalha nas células cerebrais que apresentam defeitos nos genes responsáveis pela resposta antiviral.
A próxima fase da pesquisa buscou entender por que esses danos ocorrem e como contribuem para a doença. A descoberta representa um avanço significativo na compreensão da progressão do Parkinson, trazendo esperanças para o desenvolvimento de novos tratamentos.
O que é Parkinson?
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta a coordenação motora e afeta mais de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo.
A condição surge pela degeneração das células nervosas em uma área específica do cérebro, chamada substância negra, o que reduz drasticamente a produção de dopamina, neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.
Entre os sintomas mais comuns estão:
- Tremores involuntários, geralmente nas mãos, braços, pernas ou rosto;
- Rigidez muscular, que dificulta os movimentos, podendo afetar a postura e a mobilidade;
- Bradicinesia, caracterizada pela lentidão dos movimentos e dificuldade em iniciá-los;
- Instabilidade postural, que aumenta o risco de quedas devido à perda de equilíbrio;
- Alterações na marcha, como passos curtos, arrastar dos pés e dificuldade para iniciar ou parar o movimento;
- Alterações na fala, com voz monótona ou fraca, além de dificuldades para articular palavras de forma clara.
Tratamento
Embora ainda não exista uma cura para o Parkinson, tratamentos podem aliviar os sintomas. Esses incluem medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgia para controlar os sintomas motores mais severos. O acompanhamento contínuo com um neurologista é essencial para monitorar o avanço da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.