Este sintoma revela 75% dos casos de câncer de pâncreas

Saiba qual sintoma aparece em 75% dos casos de câncer de pâncreas e por que ele não deve ser ignorado

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
13/06/2025 03:00 / Atualizado em 22/06/2025 22:52

Perda de peso inexplicável e dor abdominal podem ser sinais de alerta para a doença.
Perda de peso inexplicável e dor abdominal podem ser sinais de alerta para a doença. - iStock/Mohammed Haneefa Nizamudeen

O câncer de pâncreas está entre os tipos mais agressivos e letais da doença. Cerca de 75% dos casos apresentam icterícia como um dos primeiros sinais — um sintoma muitas vezes ignorado.

Sintomas iniciais são facilmente negligenciados

O grande desafio do câncer de pâncreas está em sua evolução discreta. Em boa parte dos casos, os sintomas são tão sutis que só despertam atenção quando a doença já atingiu um estágio avançado. Entre os principais sinais de alerta estão icterícia (amarelamento da pele e olhos), dor abdominal persistente, perda de peso sem explicação, fraqueza, urina escura, náuseas e dor nas costas. A icterícia, presente em 75% dos casos de tumores na cabeça do pâncreas, é causada pela obstrução do ducto biliar — o que pode acelerar o crescimento do tumor e provocar metástases hepáticas.

Diagnóstico precoce pode mudar tudo

Segundo dados do programa SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos EUA, pacientes que recebem diagnóstico precoce de câncer de pâncreas têm taxa de sobrevida de até 43,9% em cinco anos. Quando a descoberta é tardia, esse número despenca para menos de 5%. Isso mostra a importância de se atentar aos sinais e buscar exames específicos como tomografia, ressonância magnética e biópsias.

O câncer de pâncreas tem sintomas inespecíficos, como icterícia e perda de peso, o que dificulta seu diagnóstico precoce.
O câncer de pâncreas tem sintomas inespecíficos, como icterícia e perda de peso, o que dificulta seu diagnóstico precoce. - iStock/magicmine

Fatores de risco: estilo de vida tem peso importante

Embora cerca de 10% a 15% dos casos tenham origem genética, a maioria está relacionada a fatores comportamentais e ambientais. O tabagismo, o excesso de peso, o diabetes e a pancreatite crônica são os principais vilões. Além disso, trabalhadores da indústria química, agrícola e do setor de petróleo — que estão expostos a substâncias como solventes e pesticidas — também integram grupos de risco.

Prevenção é possível e pode salvar vidas

A melhor forma de combater o câncer de pâncreas é agir antes que ele surja. Adotar hábitos saudáveis, evitar o cigarro, manter o peso adequado e praticar exercícios regularmente são atitudes que ajudam a reduzir o risco. Além disso, campanhas de conscientização e acesso facilitado a exames são cruciais para o diagnóstico precoce e o aumento da sobrevida.

 

Estudo revela 23 sintomas do câncer de pâncreas

Um novo estudo identificou 23 sintomas associados ao câncer de pâncreas, ampliando a compreensão sobre a doença. Entre os sinais mais comuns estão fadiga, perda de apetite e dor abdominal. A descoberta pode acelerar diagnósticos precoces, aumentando as chances de tratamento eficaz e sobrevida dos pacientes. Clique aqui para saber mais.