Estudante descobre que erupção na pele era sinal de doença fatal
Entenda o distúrbio que afeta a produção de plaquetas
Uma estudante moradora de Virgínia, nos Estados Unidos, quase morreu com uma doença rara. Segundo Juliana Pascarella, 21, os sinais vieram através de erupções em sua pele. O caso aconteceu em abril de 2020.
De acordo com o jornal The Mirror, ela inicialmente não deu atenção às pequenas manchas avermelhadas. Porém, cerca de 15 minutos após o aparecimento das marcas, ela começou a se sentir muito mal, com enjoo e tontura. Além disso, apareceram hematomas por todo o corpo e seu nariz começou a sangrar.
Juliana foi levada às pressas para o hospital e horas depois, foi diagnosticada com púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) – uma doença rara do sangue, que se caracteriza pela redução anormal no número de plaquetas.
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Os médicos que a avaliaram disseram que era necessário uma transfusão de emergência para salvá-la.
Sua família foi informada de que o cérebro dela poderia sofrer uma hemorragia em qualquer momento de sua vida, que ela pode não sobreviver.
“Depois de fazer mais testes, o médico disse que eu tive sorte de não estar sangrando internamente e que, se eu não tivesse ido ao hospital, havia uma grande chance de não estar viva”, relatou ela.
O que é púrpura trombocitopênica idiopática?
A púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença autoimune em que a pessoa apresenta números muito baixos de plaquetas, que são as células responsáveis pela coagulação do sangue.
De acordo com a Universidade de Medicina Johns Hopkins, esse distúrbio aumenta as chances de hematomas, manchas avermelhadas, sangramento nas gengivas e hemorragia. Esta doença é causada por uma reação imune contra as próprias plaquetas. Também tem sido chamada de púrpura trombocitopênica autoimune.
O termo ‘trombocitopenia’ significa uma diminuição do número de plaquetas no sangue, enquanto que ‘púrpura’ refere-se à descoloração roxa da pele, como com uma contusão.
Nesse distúrbio, o que acontece é que o sistema imunológico é estimulado a atacar as próprias plaquetas do corpo. Na maioria das vezes, isso é resultado da produção de anticorpos contra as plaquetas.
Em um pequeno número de casos, um tipo de glóbulo branco chamado células T atacará diretamente as plaquetas. Este erro do sistema imunológico pode ser resultado de diferentes fatores, como medicamentos – que podem causar uma alergia que reage de forma cruzada com as plaquetas; infecções, incluindo as causadas por vírus da catapora, hepatite C e AIDS; gravidez; distúrbios imunológicos, como artrite reumatóide e lúpus e linfomas.