Estudo alerta que baixa libido em homens pode ser sinal de Alzheimer

Estudo usou dados de mais de 800 homens ao longo de 12 anos, dos 56 aos 68 anos

Estudo analisa baixa libido, satisfação sexual e cognição com doenças
Créditos: iStock/Liudmila Chernetska
Estudo analisa baixa libido, satisfação sexual e cognição com doenças

Um estudo revela que a baixa libido e a disfunção erétil podem ser sinais de Alzheimer. Os cientistas analisaram os dados de mais de 800 homens ao longo de 12 anos, dos 56 aos 68 anos, e descobriram que declínios na satisfação sexual estavam relacionados com perda de memória futura.

Publicado na revista científica The Gerontologist, o estudo rastreou a relação entre mudanças físicas e psicológicas para determinar como elas se relacionam com a cognição.

E, segundo o resultado das análises, aqueles que não estavam sexualmente satisfeitos corriam um risco maior de problemas de saúde como doença de Alzheimer e cardiovasculares, demência e outros problemas relacionados ao estresse que podem levar ao declínio cognitivo.

“O que foi único em nossa abordagem é que medimos a função de memória e a função sexual em cada ponto do estudo longitudinal, para que pudéssemos ver como eles mudaram juntos ao longo do tempo”, disse Martin Sliwinski, co-autor do estudo. “O que descobrimos se conecta ao que os cientistas estão começando a entender sobre a ligação entre a satisfação com o desempenho cognitivo.”

O motivo da escolha da faixa etária seria porque ela representa um período de transição em que começam a surgir declínios na função erétil, cognição e satisfação sexual, segundo o estudioso.

Recomendação dos pesquisadores

Após as conclusões, os estudiosos reiteraram que as relações sexuais podem ajudar na função da memória.

“Melhorias na satisfação sexual podem, na verdade, desencadear melhorias na função da memória. Dizemos às pessoas que elas devem fazer mais exercícios e comer alimentos melhores. Estamos mostrando que a satisfação sexual também é importante para nossa saúde e qualidade de vida geral”, afirmou Sliwinski.

Ainda segundo o pesquisador, é importante monitorar a própria libido, pois ela pode ajudar a identificar um risco de declínio cognitivo antes dos 70 anos.

“Ao invés da conversa ser sobre o tratamento da disfunção erétil, devemos ver isso como um indicador importante para outros problemas de saúde. E também nos concentrar em melhorar a satisfação sexual e o bem-estar geral, não apenas tratar o sintoma”, finalizou.

Com informações da Science Daily.