Estudo de 80 anos de Harvard descobre a chave para a felicidade

Esqueça dinheiro e fama, a felicidade mora em algo diferente, de acordo com pesquisadores

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
03/04/2025 14:32 / Atualizado em 25/04/2025 12:51

Desde 1938, a Universidade de Harvard conduz um dos mais longos e abrangentes estudos sobre o desenvolvimento humano. Inicialmente focado em 268 estudantes da instituição, o estudo se expandiu ao longo das décadas e hoje acompanha mais de 2 mil pessoas. A grande questão que norteia a pesquisa é: o que realmente contribui para uma vida longa e felicidade humana? E a resposta, surpreendentemente simples, não está na riqueza ou na fama, mas nos relacionamentos.

Laços afetivos ajudam a viver melhor

Após mais de 80 anos analisando hábitos, saúde física e mental, além das conquistas e desafios enfrentados pelos participantes, os pesquisadores chegaram a uma conclusão clara: os laços afetivos são o fator mais determinante para a felicidade e a longevidade.

Pessoas que mantêm relações calorosas e significativas tendem a viver mais e melhor, enquanto a solidão pode ser tão prejudicial à saúde quanto o tabagismo ou o consumo excessivo de álcool.

O segredo para a felicidade não está na riqueza ou na fama, mas nos relacionamentos, segundo estudo
O segredo para a felicidade não está na riqueza ou na fama, mas nos relacionamentos, segundo estudo - andreswd/istock

Os resultados mostraram que aqueles que estavam mais satisfeitos com seus relacionamentos aos 50 anos eram os mais saudáveis aos 80. Isso ocorre porque vínculos fortes ajudam a reduzir os impactos do estresse, além de proteger contra o declínio mental e físico. Em contraste, a solidão não apenas gera infelicidade, mas também pode encurtar a vida. Segundo Robert Waldinger, diretor do estudo, “a solidão mata”.

Portanto, cultivar relacionamentos sólidos, sejam eles familiares, amorosos ou de amizade, pode ser a chave para uma vida mais plena. O estudo de Harvard reforça que o verdadeiro bem-estar não está no que possuímos, mas nas conexões que criamos ao longo da vida.