Estudo descobre arma contra o câncer na Amazônia

Substância natural produzida por uma bactéria foi descoberta por cientistas da Unicamp

Substância encontrada na Amazônia diminui ou bloqueia a ação de algumas proteínas que agravam o câncer colorretal – iStock/Getty Images
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Substância encontrada na Amazônia diminui ou bloqueia a ação de algumas proteínas que agravam o câncer colorretal – iStock/Getty Images

Uma substância natural produzida por uma bactéria encontrada no Rio Negro, na Amazônia, pode ajudar no tratamento contra o câncer e, sobretudo, evitar quadros de metástase. A descoberta foi anunciada por estudo realizado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Produzida pela bactéria Chromobacterium violaceum a Violaceína já foi estudada contra vários tipos de câncer como próstata, pâncreas, mama e leucemia.

Patrícia Fernandes de Souza, do Instituto de Biologoa da Unicamp, identificou que, entre os efeitos proporcionados pela bactéria, a violaceína diminui ou bloqueia a ação de algumas proteínas que agravam o câncer colorretal.

O objetivo do estudo é identificar os principais agentes do tumor que ocasionam a piora do paciente para, futuramente, desativá-los.

Câncer colorretal

Caracterizado por tumores que se desenvolvem na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus, o câncer de cólon ou colorretal é curável na maioria dos casos, sobretudo se detectada precocemente.

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras).

O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.