Estudo descobre como atrasar início da demência em 5 anos

Atividades sociais mais frequentes indicam uma redução de 38% no risco de demência e uma redução de 21% no risco de comprometimento cognitivo leve

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
14/02/2025 09:30 / Atualizado em 25/02/2025 15:13

Ter uma vida social ativa pode ser um dos segredos para um envelhecimento saudável. Um estudo do Rush University Medical Center, nos Estados Unidos, revelou que idosos engajados socialmente podem viver até cinco anos a mais sem sinais de demência.

A pesquisa, publicada na revista Alzheimer’s & Dementia, mostra que interações frequentes com amigos e a participação em eventos sociais fortalecem os circuitos neurais, tornando o cérebro mais resistente.

O poder da vida social

Segundo o neurologista Bryan James, líder do estudo, o convívio social pode até impedir comprometimentos cognitivos leves. Isso ocorre porque o cérebro se mantém constantemente estimulado, reduzindo o acúmulo de proteínas tóxicas e preservando a memória e a capacidade de pensamento.

Atividades como visitar amigos, frequentar eventos esportivos, ir à igreja, realizar trabalho voluntário e participar de jogos foram associadas a menores taxas de declínio cognitivo.

Ter uma vida social ativa pode atrasar o início da demência, segundo estudo. (Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional)
Ter uma vida social ativa pode atrasar o início da demência, segundo estudo. (Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional) - boonstudio/istock

Resultados do estudo

A pesquisa acompanhou 1.923 idosos, com idade média de 80 anos, durante seis anos. Os resultados demonstraram impactos significativos na saúde mental e na longevidade dos participantes mais ativos socialmente.

De acordo com o estudo, os participantes apresentaram:

  • 38% menor risco de desenvolver demência.
  • Risco 21% menor de comprometimento cognitivo leve.
  • Três anos adicionais de vida para quem mantém uma rotina social ativa.
  • 40% menos gastos médicos nas três últimas décadas de vida.

A idade média de diagnóstico de demência foi 93 anos entre os mais sociáveis, contra 89 anos entre os menos ativos.