Estudo descobre modo de viver que aumenta risco de AVC
Adultos de meia-idade e mais velhos com solidão prolongada correm maior risco de sofrer um derrame
Um novo estudo da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard alertou para um modo de viver que pode aumentar significativamente o risco de AVC (derrame) em adultos mais velhos. Segundo os pesquisadores, o problema está na solidão crônica.
Eles descobriram que o risco entre adultos solitários era maior, independentemente da coexistência de sintomas depressivos ou sentimentos de isolamento social.
Embora pesquisas anteriores tenham vinculado a solidão a um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, poucas examinaram o impacto no risco de derrame especificamente.
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Este estudo é um dos primeiros a examinar a associação entre mudanças na solidão e risco de derrame ao longo do tempo.
A equipe de pesquisa publicou os resultados da investigação na eClinicalMedicine, em 24 de junho.
Detalhes do estudo
Usando dados de 2006-2018, os pesquisadores avaliaram a associação entre mudanças na solidão e incidência de AVC ao longo do tempo.
Os participantes — todos adultos com 50 anos ou mais que nunca tiveram um AVC — responderam a perguntas com pontuações.
Quatro anos depois, 8.936 participantes que permaneceram no estudo responderam às mesmas perguntas novamente.
Solidão crônica e risco de AVC
Aqueles que vivenciaram solidão situacional — uma solidão temporária devido a uma mudança nas circunstâncias — não apresentaram risco aumentado de derrame.
Isso sugere que o impacto da solidão no risco de derrame ocorre em longo prazo, de acordo com o estudo.
Já aqueles que sofriam de solidão crônica tinham um risco 56% maior de sofrer um derrame do que aqueles que consistentemente relataram não se sentir solitários. Isso foi observado independentemente do isolamento social, sintomas depressivos, atividade física e outras condições de saúde.
Os participantes que tinham apenas medições iniciais de solidão tiveram uma ocorrência de 1.237 derrames durante o período de acompanhamento de 2006 a 2018.
Os participantes que completaram duas avaliações e relataram solidão em ambas as vezes tiveram uma ocorrência de 601 derrames durante o mesmo período de acompanhamento.
De acordo com os pesquisadores, avaliações repetidas de solidão podem ajudar a identificar aqueles que são cronicamente solitários e, portanto, correm maior risco de derrame.