Estudo descobre que aspirina ajuda a reduzir risco de câncer
A pesquisa que durou 30 anos constatou que os maiores benefícios do uso aspirina foram observados entre aqueles com com estilos de vida menos saudáveis
Um estudo conduzido pelo Mass General Brigham, em Boston, EUA, e publicado no JAMA Oncology, indica que a aspirina pode ajudar na prevenção do câncer colorretal em pessoas com fatores de risco.
A pesquisa envolveu cerca de 107.655 participantes e, ao longo de 30 anos de acompanhamento, constatou que os maiores benefícios do uso regular de aspirina foram observados entre aqueles com estilos de vida menos saudáveis.
A maioria dos participantes era branca, e os autores sugerem que estudos futuros sejam realizados com populações mais diversas para verificar se os resultados se mantêm.
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Como foi feito o estudo?
Os pesquisadores compararam as taxas de câncer colorretal entre os que faziam uso regular de aspirina e os que não usavam o medicamento com frequência. O uso regular foi definido como dois ou mais comprimidos de dose padrão (325 mg) por semana ou aspirina de baixa dose (81 mg) diária.
Ao longo das três décadas de acompanhamento, houve cerca de 2.500 casos de câncer colorretal entre os participantes.
Os resultados mostraram que os usuários regulares de aspirina apresentaram um risco 18% menor de desenvolver câncer colorretal em comparação com os que não utilizavam o medicamento.
Entre os participantes com hábitos saudáveis, a taxa de câncer de cólon foi de 1,5% no grupo que tomou aspirina e 1,6% no grupo que não tomou.
Já entre os participantes com hábitos menos saudáveis, o risco de desenvolver câncer de cólon foi 3,4% maior para aqueles que não tomavam aspirina regularmente, em comparação com um risco de 2,1% para os que faziam uso do medicamento.
Como a aspirina atua?
Pesquisas anteriores sugerem que a aspirina pode inibir a produção de proteínas pró-inflamatórias, como as prostaglandinas, que estão associadas ao desenvolvimento do câncer.
Além disso, a aspirina pode bloquear vias de sinalização que estimulam o crescimento descontrolado das células, influenciar a resposta imunológica contra células cancerígenas e inibir a formação de vasos sanguíneos que fornecem nutrientes aos tumores.