Estudo descobre que remédio comum reduz risco de diabetes

Os pesquisadores defendem mais estudos sobre esses agentes anti-inflamatórios na prevenção do diabetes

Tomar aspirina diariamente pode ajudar a diminuir as chances de desenvolver diabetes, segundo uma nova pesquisa. O estudo descobriu que pessoas com mais de 65 anos que tomavam uma dose baixa de 100 mg do remédio por dia tinham 15% menos probabilidade de terem diabetes tipo 2.

Os especialistas acreditam que isso ocorre porque o medicamento reduz a inflamação, um dos principais impulsionadores da doença.

No entanto, os pesquisadores alertaram que o medicamento só deve ser tomado diariamente se o médico assim orientar, já que há risco aumentado de sangramento em idosos.

Os pesquisadores disseram que os resultados mostram que remédios anti-inflamatórios, como a aspirina, justificam mais estudos sobre prevenção do diabetes
Créditos: PORNCHAI SODA/istock
Os pesquisadores disseram que os resultados mostram que remédios anti-inflamatórios, como a aspirina, justificam mais estudos sobre prevenção do diabetes

Detalhes do estudo

Os pesquisadores queriam testar o efeito da aspirina no diabetes e os níveis de açúcar no sangue após um período sem comer – entre adultos mais velhos.

Eles analisaram mais de 16 mil pessoas que eram saudáveis ​​no início do período do estudo, sendo que metade recebeu 100 mg de aspirina por dia e as outras receberam placebo.

Cerca de cinco anos mais tarde, 995 pessoas receberam o diagnóstico de diabetes, sendo 459 entre as que tomaram aspirina, em comparação com 536 no grupo do placebo – uma redução de 15%.

Descobriu-se também que elas apresentavam uma taxa de aumento mais lenta nos níveis de glicose plasmática em jejum.

Os autores do estudo disseram que os resultados mostram que os agentes anti-inflamatórios, como a aspirina, justificam estudos mais aprofundados na prevenção da diabetes.

A pesquisa seguiu um estudo anterior que descobriu que a aspirina diária aumentava o risco de sangramentos internos em 38%, sem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames.

Após essa descoberta, as principais diretrizes de prescrição passaram a recomendar que os idosos tomem aspirina diariamente apenas quando houver uma razão médica para isso, como após um ataque cardíaco.