Estudo descobre vacina que pode reduzir risco de demência
Segundo os pesquisadores, a vacina está associada a uma queda de pelo menos 17% nos diagnósticos de demência
A vacina contra herpes-zóster pode diminuir o risco de demência em 17%, sugere um novo estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford.
A descoberta – que os especialistas dizem ser “convincente” – mostra que a vacina está associada a uma queda de pelo menos 17% nos diagnósticos de demência.
Os pesquisadores disseram que isso equivale a cinco a nove meses a mais de vida sem demência para aqueles que receberam a vacina Shingrix.
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Tanto homens quanto mulheres se beneficiaram da nova vacina, mas os efeitos foram maiores nas mulheres, segundo o estudo.
A equipe publicou os resultados na revista científica Nature Medicine.
O que é herpes-zóster?
O herpes zoster é uma infecção viral caracterizada por uma erupção cutânea dolorosa. O vírus causador do herpes-zóster pode ficar adormecido por anos no corpo sem manifestar qualquer sinal.
Embora possam aparecer em qualquer parte do corpo, as erupções são recorrentes desde a região da coluna até a área frontal da barriga ou do tórax. Além disso, também são relatadas bolhas no no rosto e nas mãos.
A infecção se exterioriza durante picos de estresse e queda de imunidade.
O herpes-zóster ocorre com mais frequência à medida que as pessoas envelhecem e é mais provável que cause problemas sérios em faixas etárias mais avançadas.
Proteção da vacina
Pesquisas anteriores já sugeriram que a infecção por herpes-zóster poderia aumentar o risco de demência. Portanto, ao se vacinar, a pessoa se protegeria contra as duas doenças.
A interpretação dos dados pela equipe, no entanto, é que a vacina funciona para retardar a demência em vez de preveni-la completamente, embora mais investigação seja necessária.
Mas como a vacina tem efeito benéfico contra a demência?
“Uma possibilidade é que a infecção pelo vírus varicela-zóster possa aumentar o risco de demência e, portanto, ao inibir o vírus, a vacina poderia reduzir esse risco”, disse o professor de medicina John Todd, da Universidade de Oxford, em comunicado à imprensa.
“Alternativamente, a vacina também contém substâncias químicas que podem ter efeitos benéficos separados na saúde do cérebro”, explicou.