Estudo sugere que 62% das mulheres sofrem de tocofobia
Pesquisadores dizem que há uma grande chance de você ter a condição mesmo sem saber o que significa
É provável que você nunca tenha ouvido falar sobre tocofobia, mas de acordo com um estudo feito nos Estados Unidos, seis em cada 10 mulheres americanas têm a condição.
Tocofobia é o termo utilizado para descrever o medo de dar à luz, o que resulta em menos desejo de ter filhos. O distúrbio pode resultar em crises de ansiedade.
A tocofobia pode ser primária ou secundária. A primária é o medo do parto em uma mulher que não teve nenhuma experiência anterior de gravidez.
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Depressão nos homens: entenda por que os sintomas podem ser diferentes dos das mulheres
- Sabia que existem tipos diferentes de depressão? Conheça os sintomas e tratamentos mais comuns
- Insônia atrapalha o desempenho sexual? Veja o que dizem os especialistas
Já a secundária é o medo do parto que se desenvolve após um evento obstétrico traumático em uma gravidez anterior. No entanto, também pode ocorrer após um parto obstetricamente normal, aborto espontâneo, natimorto ou interrupção da gravidez. Menos comumente, a depressão pré-natal pode estar presente com tocofobia.
Detalhes do estudo
O estudo feito nos EUA, publicado na revista Evolution, Medicine, and Public Health, entrevistou 1.800 mulheres.
Metade das entrevistadas – com idade média de 31 anos – nunca havia dado à luz e mais de um terço já havia passado por gestações de alto risco.
O estudo tem limitações, no entanto. Tanto os dados do pré-natal quanto do pós-parto foram coletados durante os primeiros 10 meses da pandemia, em um momento em que o sistema de saúde estava muito mais sobrecarregado.
Mais de 86% das mulheres no estudo disseram estar preocupadas em não ter a pessoa de apoio que desejavam no hospital durante o trabalho de parto devido à pandemia.
Outras grandes preocupações eram que seus bebês seriam levados ao nascer se as mães tivessem covid, que elas transmitiriam o vírus a seus bebês e que seriam maltratados por outras pessoas se tivessem a doença.
Os pesquisadores também observaram ligações entre o medo e as taxas mais altas de depressão pós-parto e o uso de fórmula no lugar da amamentação.
O medo também era maior entre as mulheres em comunidades desfavorecidas, como aquelas com renda mais baixa e menos escolaridade.
Mulheres solteiras também eram mais medrosas do que aquelas em relacionamentos estáveis.