EUA aprovam primeira pílula à base bactérias de fezes humanas
Pílula contém bactérias intestinais vivas de amostras de fezes doadas por pessoas saudáveis
A Food and Drug Administration dos EUA aprovou nesta semana a primeira pílula de microbiota fecal, feita de bactérias de fezes humanas – semelhante ao que é conhecido como terapia de transplante fecal.
O medicamento serve para tratar a infecção bacteriana Clostridioides difficile, uma das infecções mais comuns e mortais encontradas em ambientes de saúde.
De acordo com a agência reguladora americana, a C. difficile está associada a entre 15.000 e 30.000 mortes nos Estados Unidos a cada ano.
- 6 escolhas à mesa que ajudam a manter o cérebro saudável, segundo Harvard
- São Paulo: 5 praias a poucos quilômetros da capital para curtir o verão
- Espetáculo de danças urbanas “Ápeiron – Além da Matéria” terá apresentações gratuitas em São Miguel Paulista
- O segredo contra a depressão pode estar em uma atividade; veja qual
O risco de infecção é maior em pessoas com mais de 65 anos ou com sistema imunológico fraco, hospitalizadas ou em asilos e com histórico de infecção por C. difficile.
Quem pode tomar o novo medicamento?
O remédio recebeu o nome de Vowst e é administrado por via oral. A ideia é que ele possa substituir a necessidade de transplante de fezes.
O remédio pode ser usado por qualquer pessoa com mais de 18 anos e deve ser tomado uma vez ao dia durante três dias consecutivos.
A infecção por C. difficile causa diarreia, dor abdominal, febre e, às vezes, falência de órgãos e morte. Cada vez que alguém contrai a infecção, o risco de reinfecção aumenta.
Mas o tratamento com microbiota fetal pode ajudar a restaurar as bactérias intestinais normais de uma pessoa.
Segundo os pesquisadores, em ensaios clínicos, o medicamento funcionou em 88% dos casos analisados.