EUA estabelecem nova idade para mulheres começarem a fazer mamografia
Esta mudança visa adaptar-se ao aumento das taxas de incidência do câncer de mama em mulheres mais jovens
Diante do constante debate sobre a idade apropriada para começar os rastreamentos de câncer de mama, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos fez uma mudança significativa em suas recomendações para a mamografia.
Agora, sugere-se que as mamografias se iniciem aos 40 anos, uma redução de uma década em relação à recomendação anterior que indicava começar aos 50 anos. Esta mudança visa adaptar-se ao aumento das taxas de incidência do câncer de mama em mulheres mais jovens.
Por que a mudança na recomendação para a idade das mamografias?
O aumento de 2% ao ano nas taxas de câncer de mama entre mulheres de 40 anos, observado entre 2015 e 2019, motivou essa nova diretriz. Segundo John Wong, vice-presidente do grupo de trabalho, há evidências claras de que começar o rastreio mais cedo pode prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida das mulheres. Esse ajuste pretende identificar e tratar mais cedo possíveis casos de câncer, diminuindo as taxas de mortalidade associadas.
- O alerta no corpo que pode prever demência até 9 anos antes
- 4 situações que indicam a necessidade de fazer exame de colonoscopia antes dos 45
- Conheça o exame que pode detectar Alzheimer com 90% de precisão
- Câncer colorretal: sintomas iniciais e fatores de risco a considerar
Qual a posição do Brasil em relação às mamografias?
Enquanto nos Estados Unidos a orientação agora é começar a mamografia aos 40 anos, no Brasil, o Ministério da Saúde ainda recomenda o início aos 50 anos. Porém, entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) já se alinham à decisão americana e sugerem o rastreio a partir dos 40 anos, indicando uma possível revisão futura das diretrizes nacionais.
As divergências não se limitam apenas aos governos, mas também se estendem entre os especialistas e as entidades de saúde, demonstrando o quanto a questão é complexa e sujeita a distintas interpretações dos dados científicos.
Impacto dessa mudança nas políticas de saúde pública
As novas diretrizes não apenas afetam a vida das mulheres que precisam fazer mamografia mais cedo, mas também têm implicações para os planos de saúde e para as políticas de saúde pública como um todo. Seguradoras, prestadores de serviços de saúde e os próprios pacientes precisarão adaptar-se a esses novos protocolos, que possivelmente incluirão uma maior frequência de exames e, consequentemente, maior vigilância sobre condições potencialmente perigosas.
Críticas e preocupações
- Questionamentos sobre benefícios e prejuízos: A decisão enfrenta críticas de que poderia levar a um aumento de procedimentos desnecessários, como biópsias e tratamentos que poderiam não ser necessários.
- Cobertura de saúde: Preocupação sobre como os planos de saúde cobrirão os custos adicionais e se seguros como o Medicare se ajustarão para abranger essas novas recomendações.
- Desigualdade nos cuidados de saúde: Questiona-se também como essas mudanças afetarão grupos demográficos que já enfrentam desigualdades no acesso a cuidados de saúde, incluindo minorias e populações de baixa renda.