Excesso desta vitamina pode elevar o risco de derrame, diz estudo
Estudo com mais de 3 mil participantes aponta que o excesso de uma vitamina pode elevar o risco de AVC e ataque cardíaco; entenda
A niacina, também conhecida como vitamina B3, é amplamente reconhecida por seus benefícios, como fornecer energia ao organismo e combater o cansaço.
No entanto, seu consumo em excesso pode trazer riscos para a saúde, de acordo com um estudo que investigou sua relação com problemas cardiovasculares.
Como o excesso de vitamina B3 pode aumentar o risco de derrame?
A pesquisa, publicada na Nature Medicine, analisou amostras de sangue de mais de 3 mil participantes nos Estados Unidos e na Europa.
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O objetivo era investigar a presença de metabólitos, que são produtos resultantes dos processos metabólicos no organismo, e rastrear a ocorrência de eventos cardíacos, como infartos e derrames, durante três anos.
Os pesquisadores identificaram que níveis elevados de um metabólito chamado 4PY, formado pela decomposição do excesso de vitamina B3 no corpo, estavam associados a um risco cerca de 60% maior de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Esse metabólito pode causar inflamação nos vasos sanguíneos, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
“O que é empolgante sobre esses resultados é que esse caminho parece ser um contribuinte anteriormente não reconhecido, mas significativo, para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além do mais, podemos medi-lo, o que significa que há potencial para testes de diagnóstico. Esses insights preparam o terreno para o desenvolvimento de novas abordagens para neutralizar os efeitos desse caminho”, explicou Stanley Hazen, um dos autores do estudo.
A vitamina B3 deve ser evitada?
A niacina, encontrada naturalmente em alimentos e frequentemente adicionada a produtos industrializados, é essencial para o funcionamento do corpo.
No entanto, o estudo sugere atenção com o consumo de suplementos sem orientação médica, especialmente em doses elevadas. Além disso, a pesquisa reacende o debate sobre a fortificação de alimentos com vitamina B3, prática comum em alguns países.
Segundo os cientistas, essas descobertas podem influenciar políticas públicas e ajudar no desenvolvimento de estratégias para prevenir problemas relacionados ao excesso de niacina.
Relevância do estudo
As novas evidências ajudam a esclarecer um paradoxo envolvendo a vitamina B3, que já foi amplamente utilizada para reduzir o colesterol ruim, mas deixou de ser recomendada para esse fim devido aos riscos associados.
Os autores destacam que mais pesquisas de longo prazo são necessárias para entender completamente os efeitos do metabólito 4PY em condições cardiovasculares, como a aterosclerose.