Falta de insulina pode afetar 40 milhões de diabéticos
Projeção de estudo é que, em 12 anos, medicamento faltará para metade das pessoas que precisam
Cerca de 40 milhões de pessoas com diabetes tipo 2 correm o risco de enfrentar falta de insulina no futuro, caso o acesso ao medicamento não melhore significamente. Essa é a previsão de um estudo publicado na revista especializada Lancet Diabetes and Endocrinology.
O prognóstico negativo se deve, em parte, ao aumento da obesidade, um dos principais fatores de risco da doença. De acordo com os cientistas, até 2030, a expectativa é que 79 milhões de doentes precisem de administrar insulina e metade deles não conseguirá por conta da escassez.
“Essas estimativas sugerem que os níveis atuais de acesso à insulina são altamente inadequados em comparação com a necessidade projetada, particularmente na África e na Ásia, e mais esforços devem ser dedicados à superação desse desafio de saúde”, disse Sanjay Basu, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que liderou a pesquisa.
- 5 sinais discretos na pele podem sinalizar diabetes; saiba reconhecer
- Gordura no fígado: conheça os sinais que o corpo apresenta
- 3 alimentos inesperados que podem afastar o risco de demência em 28%
- Segundo a ciência, este exercício é indispensável para evitar demência no futuro
De acordo com os cientistas, a dificuldade de acesso à insulina já existe hoje para cerca de 33 milhões de pessoas diagnosticadas com o tipo 2, mesmo em países ricos. A produção do medicamento é dominada mundialmente por três grandes indústrias: a dinamarquesa Novo Nordisk, a norte-americana Eli Lilly e a francesa Sanofi.
O estudo usa dados da Federação Internacional de Diabetes e 14 estudos para estimar o provável aumento no número de pessoas com diabetes tipo 2. Eles preveem que entre 2018 e 2030, os números vão subir de 406 milhões para 511 milhões. Mais da metade residirá na China (130 milhões), na Índia (98 milhões) e nos EUA (32 milhões).
Destes, 79 milhões receberiam insulina se houvesse acesso universal, mas apenas 38 milhões provavelmente terão acesso, de acordo com a projeção dos cientistas.
Tim Reed, diretor executivo da HAI (Health Action International), que financiou o estudo, disse que é mais uma prova da necessidade de melhorar o acesso e a acessibilidade da insulina para aqueles que precisam dela. A droga reduz o risco de complicações como cegueira, amputação, insuficiência renal e acidente vascular cerebral.
Diagnóstico e sintomas de diabetes
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes rápidos de glicemia nos postos de saúde. Se forem constatadas alterações na absorção de glicose no sangue, o médico pedirá um hemograma mais completo para confirmar o diagnóstico.
Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome e sede excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente sua ação, causando assim um aumento da glicose no sangue. Confira a seguir os sintomas característicos de cada tipo de diabetes.
Principais sintomas do diabetes tipo 2:
Pessoas com diabetes tipos 2 não apresentam sintomas iniciais e podem manter a doença assintomática por muitos anos. No entanto, devido a uma resistência à insulina causada pela condição de saúde é possível manifestar os seguintes sintomas:
- Fome excessiva
- sede excessiva
- infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins e pele
- Feridas que demoram para cicatrizar
- Alteração visual (visão embaçada)
- Formigamento nos pés e furúnculos
Qualquer indivíduo pode manifestar diabetes tipo 2. No entanto ter idade acima de 45 anos, apresentar obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de diabetes tipo dois podem aumentar o risco de ter a doença.
Sintomas do diabetes tipo 1:
Pessoas com diabetes tipo 1 podem apresentar os seguintes sintomas:
- Vontade frequente de urinar
- Fome excessiva
- Sede excessiva
- Emagrecimento
- Fraqueza
- Fadiga
- Nervosismo
- Mudanças de humor
- Náusea e vômito
O diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens.