Câncer de cólon em jovens: saiba o principal fator de risco e como se proteger
Estudo da Cleveland Clinic investiga a ligação entre a alimentação e o aumento dos casos de câncer de cólon em jovens; entenda
O aumento dos casos de câncer de cólon, também conhecido como câncer colorretal, em pessoas jovens é uma preocupação crescente entre os especialistas.
Estudos recentes apontam que o estilo de vida, especialmente os hábitos alimentares, desempenha um papel crucial nesse cenário.
Qual o principal fator de risco para o câncer de cólon em jovens?
De acordo com um estudo da Cleveland Clinic, publicado na revista científica npj Precision Oncology, os metabólitos derivados da dieta, especialmente aqueles associados ao consumo de carne vermelha e processada, são os maiores responsáveis pelo aumento do risco de câncer colorretal de início jovem.
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Metabólitos são moléculas produzidas pelo corpo durante o processamento dos alimentos, e algumas delas estão diretamente ligadas à formação do câncer.
Embora o microbioma intestinal já tenha sido considerado um dos principais fatores de risco, os dados mais recentes apontam que a dieta tem um impacto ainda maior, sendo responsável por diferenças significativas nos casos de câncer colorretal em jovens e em pessoas de idade mais avançada.
O consumo prolongado de carne vermelha e processada está associado à produção de metabólitos específicos que podem favorecer processos inflamatórios e alterações no metabolismo celular. Esses alimentos estão relacionados à produção e ao metabolismo de um aminoácido chamado arginina e ao ciclo da ureia, ambos implicados no aumento do risco de câncer de cólon em jovens.
Como se proteger?
A prevenção do câncer de cólon começa pela conscientização sobre os hábitos alimentares. Confira as principais recomendações:
- Revise sua dieta com um médico ou nutricionista: uma das melhores formas de adultos com menos de 60 anos prevenirem o câncer colorretal é conversar com o médico sobre sua alimentação, destacou o estudo. Discutir os alimentos que você consome regularmente pode ajudar a identificar pontos de atenção e alternativas mais saudáveis.
- Reduza o consumo de carnes vermelhas e processadas: substitua esses alimentos por fontes de proteína mais saudáveis, como peixe, ovos e leguminosas.
- Adote uma dieta equilibrada: inclua frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos ricos em fibras, que contribuem para a saúde do intestino.
- Monitore seus riscos com exames adequados: faça check-up de saúde anualmente e procure atendimento caso note algo fora do normal.
Por que mudar a dieta é a estratégia mais viável?
Modificar o microbioma intestinal, que também influencia o risco de câncer, é uma tarefa complexa. Por outro lado, ajustar a dieta é uma abordagem prática e acessível.
Segundo os pesquisadores, contar os metabólitos no sangue é uma forma simples de avaliar o risco de câncer e indicar mudanças alimentares que podem ter um impacto positivo.
O próximo passo dos pesquisadores é validar essas descobertas em estudos nacionais e testar intervenções, como dietas específicas ou medicamentos que regulem os metabólitos associados ao risco de câncer.
Ainda que mais pesquisas sejam necessárias, os resultados já influenciam o atendimento médico, incentivando conversas sobre dieta como parte essencial da prevenção.