5 fatos pouco conhecidos sobre o TDAH
Os desafios do TDAH extrapolam a distração ou a falta de foco. Entenda mais sobre o assunto
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é muitas vezes associado às clássicas características de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Porém, as camadas desse transtorno vão muito além dos estereótipos mais conhecidos.
Não há, até hoje, uma ferramenta científica definitiva que mensure o TDAH. Nem marcadores metabólicos, neurológicos ou testes laboratoriais conseguem diagnosticá-lo com precisão. Ele é, na verdade, um quebra-cabeça clínico que depende de uma análise cuidadosa de comportamentos e sintomas ao longo do tempo.
Os desafios do TDAH extrapolam a distração ou a falta de foco. Eles incluem dificuldade de organização, procrastinação crônica, baixa persistência em tarefas, impulsividade emocional e inquietação constante. Muitos enfrentam também noites mal dormidas, uma relação complicada com as redes sociais e comorbidades como ansiedade, solidão, depressão e até abuso de substâncias.
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TDAH na vida adulta: a luta invisível
Existe uma crença errônea de que o TDAH é um transtorno restrito à infância. Isso faz com que muitos adultos enfrentem silenciosamente os desafios do transtorno, rotulados injustamente como “preguiçosos” ou “desorganizados”. Na realidade, pessoas com TDAH adulto podem ser extremamente competentes e criativas, mas, ao mesmo tempo, se sentir impotentes diante de esquecimentos banais, como não lembrar onde estacionaram o carro.
Curiosamente, há quem sugira uma conexão entre TDAH e superdotação. Afinal, traços como hiperfoco, desinteresse por tarefas rotineiras e uma percepção distorcida do tempo aparecem em ambos os perfis. No entanto, mesmo com tais semelhanças, mulheres frequentemente passam despercebidas no diagnóstico, por apresentarem sintomas menos óbvios.
Desmistificando mitos
Um dos grandes equívocos sobre o TDAH é a ideia de que ele reflete falta de esforço. Na verdade, pessoas com TDAH se dedicam intensamente para manter o foco e a produtividade. O problema reside no funcionamento cerebral, que dificulta a regulação consistente da atenção. Isso pode fazer parecer que a pessoa é “distraída” ou “desleixada”, quando, na verdade, ela está lutando contra barreiras invisíveis.
Diagnóstico e diversidade de sintomas
Como não existe um marcador biológico específico para o TDAH, o diagnóstico baseia-se em uma análise clínica aprofundada e no relato subjetivo de comportamentos. Questionários e entrevistas detalhadas ajudam a traçar um panorama mais claro.
Nem todas as pessoas com TDAH apresentam os mesmos sintomas, mas isso não reduz o impacto que o transtorno pode ter em suas vidas. Alguém pode ser extremamente eficiente em determinadas tarefas, mas sentir-se completamente paralisado em outras, como estudar ou seguir uma sequência de instruções.
O papel dos medicamentos
Embora medicamentos como Ritalina, Venvanse ou Concerta ofereçam alívio para alguns, eles não são uma solução universal. Essas substâncias podem ser eficazes para quem responde bem a elas, mas é fundamental usá-las com cautela devido aos potenciais efeitos colaterais e ao risco de dependência.
O TDAH, em sua essência, é multifacetado e único para cada indivíduo. Reconhecê-lo como tal é o primeiro passo para quebrar preconceitos e oferecer suporte real a quem vive com o transtorno.
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