Federação de obstetras se posiciona contra cesariana MAC
Saiba mais sobre o método polêmico!
A cesariana MAC (Maternal Assisted Caesarean Section) que traduzido livremente para o português seria “cesariana assistida pela mãe”, tem sido um assunto em alta tanto na mídia quanto nos hospitais brasileiros.
A técnica consiste em possibilitar que a mãe participe ativamente do parto, retirando o próprio filho do útero durante o procedimento.
Defensores argumentam que a prática empodera a mulher e cria uma forte ligação entre mãe e filho, tornando o parto por cesárea uma experiência mais humanizada.
Federação de obstetras se posiciona contra cesariana MAC
Entretanto, a Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, demonstrou certa preocupação e se posicionou de forma contrária à referida técnica. A entidade alega que não existem evidências substanciais que comprovem a segurança do método à saúde da gestante e do neonato.
Afinal, quais são os riscos da cesariana MAC?
De acordo com a nota divulgada pela Febrasgo, a técnica MAC pode apresentar algumas complicações significativas para a mãe e o bebê.
“Esse é um procedimento sem evidências significativas de sua segurança. Não encontra amparo em protocolos, recomendações ou estudos bem desenhados”, afirmou a entidade, ressaltando que existem outras práticas mais seguras que podem promover o vínculo entre mãe e recém-nascido.
Então, a técnica MAC é proibida no Brasil?
No atual panorama, a Febrasgo alerta sobre a realização e divulgação de procedimentos médicos que não são reconhecidos cientificamente, como é o caso da cesariana MAC.
Segundo eles, a prática só deve ser realizada durante estudos clínicos aprovados. Vale-nos lembrar que este é um importante ponto a se considerar, uma vez que a saúde da mãe e do bebê deve ser sempre prioridade, e procedimentos comprovadamente seguros devem ser adotados.
A cesariana MAC pode ser considerada um avanço ou um retrocesso?
O debate sobre a adoção da técnica MAC como uma nova opção para as cesarianas nos traz reflexões importantes. Empoderar a mulher e oferecer a oportunidade de criar um vínculo mais forte entre ela e o recém-nascido são objetivos louváveis.
No entanto, a falta de dados e estudos que comprovem a segurança deste procedimento torna-se uma barreira para a sua implementação. Assim, é preciso que sejam realizados mais estudos e pesquisas para validar essa prática na medicina obstetrícia antes de ser considerada segura e viável para ser adotada em larga escala.