Fiocruz: Brasil vive maior colapso sanitário e hospitalar da história
Pesquisadores acendem o alerta vermelho e afirmam que, se medidas rigorosas não forem tomadas, mais pessoas vão morrer em casa
Com hospitais lotados e com a pandemia batendo recordes diários, a Fiocruz afirmou que o Brasil vive o “maior colapso sanitário e hospitalar da história”. De acordo com o monitoramento feito pela instituição, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%.
Em relação às capitais, 25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%. Os dados são das secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, e das secretarias de Saúde das capitais.
O boletim da Fiocruz diz que é preocupante a aceleração da transmissão do coronavírus nas três últimas semanas (desde 21 de fevereiro, Semana Epidemiológica 8/2021). O número de casos cresce a uma taxa de 1,5% ao dia, e o número de óbitos por covid-19 aumenta em 2,6% ao dia, valores elevados se comparados à primeira fase da pandemia no Brasil.
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Ainda segundo a Fiocruz, esse crescimento de casos certamente vai gerar uma grande quantidade de casos graves, que exigem internação, num momento em que os hospitais apresentam sinais de superlotação.
Para os pesquisadores, mais doentes vão morrer em casa se medidas mais rigorosas não forem tomadas em todo o país. Eles reforçam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação.
O município de Araraquara, no interior de São Paulo, é apresentado no Boletim como um dos exemplos atuais de como medidas de restrição de atividades não essenciais evitam o colapso ou o prolongamento da situação crítica nos serviços e sistemas de saúde.
Com as medidas adotadas pelo município, Araraquara conseguiu reduzir a transmissão de casos e óbitos nas últimas semanas.