Fotografia: a vida das famílias com autismo e outros transtornos
“Histórias de sacrifícios, histórias, histórias, histórias… histórias de famílias que fizeram e ainda fazem de tudo para dar as melhores condições de desenvolvimento para seu filho.”
É assim que a fotógrafa mineira Laiza Marinho resume o seu trabalho. Psicóloga por formação, Laiza trabalhou por cinco anos com projetos de inclusão, e por conta das histórias com as quais tinha contato todos os dias, resolveu criar o projeto “Histórias que curam”.
Por meio de fotos bastante realistas, mas ao mesmo com um recorte sutil de perceber o afeto por trás de cada cena do cotidiano, a fotógrafa passou a se dedicar a retratar o dia a dia das famílias que têm crianças com necessidades específicas – autismo, paralisia cerebral e outros transtornos.
A proposta é sensibilizar a sociedade em geral sobre as dificuldades que fazem parte da rotina dessas famílias, e ao mesmo tempo desconstruir alguns estereótipos que costumam fazer parte da percepção geral de como é a vida de uma criança com deficiência: as limitações e obstáculos existem, sim, mas ela ainda assim conserva em si os traços comuns de qualquer infância.
“O termo ‘paralisia cerebral’ é muito forte. Quando escutamos, já pensamos em pessoas em estado vegetativo. Era assim que eu pensava”, conta Laiza sobre uma das famílias que acompanhou. No blog que ela criou para o projeto, ela conta a história de cada criança e compartilha as percepções sobre determinados aspectos sobre a deficiência que até então eram desconhecidos.
Em entrevista ao Hypeness, Laiza explica que o objetivo principal é dar luz às singularidades de cada criança e minimizar o preconceito e os estigmas em torno do assunto.
“O que me chama a atenção em cada família que eu conheço é sua luta, o esforço e dedicação para que o filho tenha todas as condições necessárias para se desenvolver. Quando converso com os pais percebo as dificuldades, mas também percebo o amor, é isso que os motiva a sempre tentar e buscar todas as possibilidades“, disse.
“Entrar no mundo delas é um grande desafio, nem sei se em todos os trabalhos que fiz consegui isso, mas sei que no meu mundo, elas sim entraram”, explica a artista no site do “Histórias que curam”.
Inspire-se com algumas das imagens do projeto, e clique aqui para ver o ensaio completo:
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