Gêmeos nasceram com 9 dias de diferença; entenda como é possível
Esse procedimento incomum pode acontecer em parto de gêmeos extremamente prematuros, como foi o caso
Os gêmeos prematuros Ian e Laia dividiram o útero da mãe ao mesmo tempo, mas nasceram com 9 dias de diferença no Hospital Sant Joan de Déu, em Barcelona, na Espanha.
Com 22 semanas de gestação, a mãe dos bebês, Laura, de 35 anos, foi diagnosticada com colo de útero curto, o que indicava trabalho de parto iminente.
Os médicos ainda tentaram impedir o prato prematuro realizando cerclagem uterina, um procedimento que envolve a sutura do colo do útero para mantê-lo fechado, mas duas semanas depois, a sutura se abriu.
- Primeiras horas do bebê: 7 pontos para entender o que acontece após o parto
- 7 pontos para entender o que acontece nas primeiras horas de vida do bebê
- Saiba quais são as regras para gestante viajar de avião durante cada etapa da gravidez
- Quais são as regras para mulher grávida viajar de avião?
Então, os médicos prescreveram a ela corticosteroides para amadurecer os pulmões das crianças, tentando prolongar ao máximo a gestação.
Porém, semanas depois, no dia 16 de janeiro, ela começou a ter contrações, e não teve como parar. No dia seguinte Ian, o primeiro dos gêmeos, veio ao mundo com 28 semanas e pesando 1,1 quilo. Ele foi levado diretamente para a incubadora.
A equipe médica, no entanto, considerou adiar o nascimento do segundo bebê.
Esse procedimento incomum pode acontecer em parto de gêmeos extremamente prematuros. Quando o primeiro filho nasce antes da 28ª semana de gestação, a equipe médica que acompanha a gestante pode optar por adiar o nascimento do segundo bebê o máximo possível para aumentar sua idade gestacional e suas chances de sobrevivência.
O hospital onde aconteceu o parto explicou, no entanto, que para isso acontecer de maneira segura devem ser atendidos diferentes requisitos: que o primeiro parto seja vaginal; que os gêmeos estejam em placentas diferentes; que após o nascimento do primeiro filho as contrações parem e não haja risco de infecção para a mãe e os bebês.
“Achávamos que depois que o Ian nascesse, a Laia nasceria logo em seguida, mas nove dias se passaram! Cada minuto que ela passou no meu ventre foi muito importante para ela. Laia nasceu mais forte e não precisou de suporte respiratório”, contou a mãe.