Gonorreia: causa, sintomas e tratamento
A gonorreia tem cura, mas a OMS alerta para a resistência que a bactéria tem criado aos antibióticos
Assim como o HIV e o HPV, a gonorreia é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), ou seja, uma doença que pode ser transmitida em relações sexuais, seja ela vaginal ou anal, ou sexo oral.
Essa infecção é uma das que mais tem crescido no Brasil e no mundo. Além disso, em 2017 a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para como a bactéria Neisseria gonorrhoeae está se tornando cada vez mais resistente à antibióticos.
A bactéria infecta principalmente a uretra, mas também pode afetar o revestimento do colo do útero. A prática de sexo anal e oral pode levá-la ainda para a região do reto e da garganta. Às vezes, até a córnea pode ser acometida.
- Ombro congelado e diabetes: como a doença afeta sua articulação
- Olímpia é destino certa para férias em família no interior de SP
- Como manter o equilíbrio alimentar nas celebrações de fim de ano?
- A verdade sobre a vitamina C: entenda quando e como o excesso faz mal ao corpo
Como a gonorreia se manifesta
Na maioria dos casos, a gonorreia passa despercebida porque seus sintomas podem ser confundidos com outras infecções.
- Sintomas da gonorreia no homem
No pênis, os sinais mais comuns da gonorreia são dor e ardência ao urinar, secreção abundante de pus pela uretra, dor ou inchaço em um dos testículos
- Sintomas de gonorreia na mulher
Na vagina, os sintomas são o aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável, dor e ardência ao urinar, sangramento fora do período menstrual, dores abdominais e pélvica.
Mas a gonorreia também pode surgir em outras partes do corpo. No reto, os sintomas comuns da gonorreia são coceira, secreção de pus e sangramentos; nos olhos, dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos; na garganta, dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta.
Se a bactéria afetar alguma articulação do corpo, esta pode ficar quente, vermelha, inchada e muito dolorida.
Diagnóstico
As primeiras manifestações da doença varia de 24 horas a 14 dias após a relação sexual desprotegida.
A qualquer sinal ou sintoma, é recomendado que se procure um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.
Uma das maneiras de fazer o diagnóstico clínico da doença é verificar quanto tempo depois da relação sexual apareceu a lesão, se a secreção lembra pus e está manchando as roupas íntimas.
Mas a comprovação é feita por meio de exames laboratoriais específicos que analisam a secreção. É um exame rápido barato e indolor. Em 15 minutos o resultado fica pronto.
Caso seja comprovada a infecção, é necessário fazer exames relacionados a outras infecções sexualmente transmissíveis, incluindo clamídia, sífilis, hepatite B e HIV.
Mulheres com mais de 21 anos podem também aproveitar e se vacinar contra o HPV.
Como se trata gonorreia?
Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento da gonorreia pode ser feito por meio de antibióticos.
Responsabilidade
Quando se trata um Infecção Sexualmente Transmissível, há dois objetivos: curar a infecção do indivíduo e interromper a cadeia de transmissão da doença.
Por isso, é importante localizar e examinar todos os contatos sexuais do indivíduo infectado para tratá-los.
Então, se você foi diagnosticado com gonorreia, fique atento: todos os seus parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.
Risco maior para HIV
Ter gonorreia ou qualquer outra IST torna a pessoa mais suscetível ao contágio do HIV.
Como prevenir gonorreia
Usar camisinha em suas relações sexuais é o melhor método para se prevenir gonorreia e outras IST.
Se possível, evite ter relações sexuais com pessoas diagnosticadas com gonorreia até que estejam completamente tratadas.