Governo Bolsonaro anuncia compra de 100 milhões de doses da CoronaVac

Cada dose da vacina custará R$ 58,20 ao Ministério da Saúde

07/01/2021 21:35

O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quinta-feira, 7, que assinou contrato com o Instituto Butantan para aquisição de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzidas pelo órgão em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O contrato prevê a compra inicial de 46 milhões de unidades, com a possibilidade da aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses.

Turquia revela eficácia da CoronaVac contra o novo coronavírus
Turquia revela eficácia da CoronaVac contra o novo coronavírus - Divulgação

Cada dose da vacina custará R$ 58,20 e o valor total do contrato é de R$ 2,6 bilhões.

De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a expectativa é que sejam disponibilizadas ainda este ani até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia, 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho, 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da CoronaVac oriundas do contrato com o Instituto Butantan.

Pazuello afirmou ainda que a aquisição do lote da CoronaVac foi possível graças à medida provisória editada ontem permitindo a contratação de vacinas antes do registro da Anvisa  (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Eficácia da CoronaVac

Hoje, o governo de São Paulo anunciou que a vacina CoronaVac apresentou uma eficácia de 78% nos voluntários brasileiros que apresentaram casos leves ou precisaram de atendimento ambulatorial.

A vacina também garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos participantes vacinados que foram contaminados com o vírus. Isso indica que quem tomar a vacina do Butantan estará com a saúde protegida e chances mínimas de agravamento da covid-19.

O estudo clínico realizado no Brasil contou com 12,4 mil profissionais de saúde voluntários em 16 centros de pesquisa.