Hábito rotineiro em casa aumenta risco de demência, segundo estudo

A pesquisa explorou a ligação alarmante entre o sedentarismo e a demência, detalhando um hábito que pode aumentar o risco de desenvolver a doença

Ficar muito tempo sentado pode aumentar risco de demência
Créditos: iStock/martin-dm
Ficar muito tempo sentado pode aumentar risco de demência

A sociedade contemporânea trouxe conforto e tecnologia, mas também trouxe problemas de saúde preocupantes. Um dos riscos emergentes diz respeito ao hábito de permanecer sentado por longos períodos, como ocorre no home office ou com quem fica horas em frente à TV.

Isso porque dados recentes apontam uma correlação alarmante entre o estilo de vida sedentário e o aumento do risco de desenvolvimento de demência.

Sedentarismo como um fator de risco para a demência

O estudo foi divulgado no Journal of the American Medical Association (JAMA). A pesquisa sugere que ficar sentado por maiores períodos, especificamente por mais de 10 horas por dia, está “significativamente associado” ao aumento nos casos de demência.

A demência é uma condição caracterizada pela perda progressiva do funcionamento cognitivo, com sintomas como perda de memória, confusão mental e dificuldades na expressão de pensamentos.

De acordo com Paul E. Schulz, professor de neurologia e diretor do Centro de Distúrbios Neurocognitivos da UTHealth Houston, esta pesquisa é pioneira ao apresentar que um estilo de vida sedentário é um fator de risco para a demência.

Para ele, essas descobertas confirmam que há uma contribuição significativa do sedentarismo para vários problemas de saúde, e não apenas a demência. O estilo de vida sedentário também contribui para a incidência de câncer, dores nas costas e outras condições médicas.

O que fazer para reduzir o risco de demência?

Tendo em mente estas evidências, é aconselhável adotar um estilo de vida mais ativo. Pessoas que se exercitam regularmente, pelo menos duas vezes por semana, podem prevenir doenças e retardar o envelhecimento, melhorando a expectativa de vida.

Além disso, a prática de exercícios físicos leva ao reforço dos ossos e dos músculos, beneficiando a saúde em geral.

Ao incorporar atividades físicas que utilizam o peso do corpo, como a musculação, juntamente com práticas de esportes, tai chi e ioga, são observadas melhorias significativas na saúde. Além de benefícios físicos, o exercício também promove um aumento da energia, melhora no humor e no sono.

Indivíduos que se exercitam com frequência a partir da juventude mantêm a força óssea e muscular ao longo da vida. Pessoas que iniciaram um programa de exercícios após os 30 anos conseguem diminuir os problemas relacionados ao envelhecimento, preservando a força óssea e muscular e, por conseguinte, melhorando sua qualidade de vida.

Cuidar da saúde física vai além de estética. O estilo de vida pode determinar fatores importantes relacionados à saúde. E a prática de exercícios físicos é crucial para reduzir riscos e viver melhor.