Hábitos comuns que aumentam o risco de demência
Há evidências sugerindo uma possível ligação entre esses hábitos e o desenvolvimento de demência
Pesquisas apontam que alguns hábitos comuns que muitos de nós temos podem estar aumentando o risco de demência no futuro.
O que é demência?
A demência não é uma doença específica, mas sim um conjunto de sintomas causados por diferentes condições médicas.
A causa mais comum de demência é a doença de Alzheimer, que representa cerca de 60-80% dos casos.
Outras condições que podem levar à demência incluem demência vascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, doença de Creutzfeldt-Jakob e outras condições médicas.
Os sintomas da demência podem variar de pessoa para pessoa e podem progredir lentamente ao longo do tempo.
Inicialmente, os sintomas podem ser leves, como esquecimento ocasional ou dificuldade em lembrar nomes.
Conforme a doença progride, os sintomas podem se tornar mais graves, interferindo nas habilidades de comunicação, locomoção e cuidado pessoal.
Hábitos que contribuem para o desenvolvimento de demência
Beber álcool
Embora alguns possam pensar que apenas o consumo excessivo de álcool é prejudicial, bebe um pouco já pode ter um grande impacto.
Um estudo, publicado em 2022, concluiu que apenas dois litros de cerveja ou taças de vinho por dia são capazes de envelhecer o cérebro igual a dez anos.
E apenas meio litro pode envelhecer prematuramente seu cérebro em dois anos.
Uma pesquisa separada, envolvendo 40 mil britânicos, concluiu que o álcool era um dos três fatores de risco mais prejudiciais, mas evitáveis, para a demência – sendo o diabetes e a poluição do ar os outros dois.
Não dormir o suficiente
A curto prazo, não conseguir dormir bem à noite torna a vida especialmente difícil, causando baixos níveis de energia e sentimentos de irritabilidade.
Mas esses problemas podem se tornar duradouros, mesmo que não pareça.
Um estudo publicado na Nature Communications descobriu que aqueles que dormiam seis horas ou menos por noite aumentavam o risco de demência em 30% em comparação com pessoas que dormiam sete horas ou mais.
Os cientistas descobriram que o sono é importante porque ajuda a eliminar do cérebro as proteínas tóxicas associadas ao Alzheimer.
Ficar sozinho
A solidão não só pode afetar a sua saúde mental, mas também pode predispor você à demência.
Um estudo dos EUA analisou o cérebro de adultos saudáveis que relataram sentimentos de solidão.
Os pesquisadores descobriram que esses indivíduos tinham níveis elevados de amiloide cortical – um marcador usado para ajudar a diagnosticar a demência.
Exposição a ruídos altos
Há evidências sugerindo uma possível ligação entre a exposição a ruídos altos e um aumento do risco de desenvolver de demência.
Embora a relação exata ainda não esteja totalmente clara, vários estudos investigam essa associação.
Um estudo publicado na revista “Environmental Health Perspectives” em 2017 descobriu que a exposição a longo prazo a níveis elevados de ruído pode estar associada a um maior risco de desenvolver demência.
Outro estudo, conduzido pela Universidade de Michigan em 2018, sugeriu que a exposição a ruídos altos pode aumentar a produção de proteínas relacionadas ao Alzheimer no cérebro.