7 hábitos que podem diminuir o risco de depressão

Para começar, ter uma boa noite é fundamental, alertam especialistas

Por André Nicolau em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
21/11/2024 21:00 / Atualizado em 27/11/2024 14:28

iSTock/Nutthaseth Vanchaichana
iSTock/Nutthaseth Vanchaichana - iSTock/Nutthaseth Vanchaichana

Uma equipe internacional de pesquisadores analisou uma combinação de fatores, incluindo fatores de estilo de vida, genética, estrutura cerebral e sistemas imunológico e metabólico para identificar os mecanismos associados à depressão.

A pesquisa mostrou, por exemplo, que uma vida sedentária, sono de má qualidade e vícios como o álcool e o cigarro aumentam o risco do transtorno.

Para compreender melhor a relação entre estes fatores e a , os investigadores recorreram ao UK Biobank, uma base de dados que contém informações sobre genética, estilo de vida e saúde dos seus participantes.

Ao examinar dados de quase 290 mil pessoas – das quais 13 mil tiveram depressão – acompanhadas ao longo de um período de nove anos, a equipe conseguiu identificar sete fatores de estilo de vida associados a um maior chance da doença.

Hábitos que ajudam a evitar a depressão 

  • consumo moderado de álcool
  • dieta saudável 
  • atividade física regular
  • sono saudável
  • nunca fumar
  • comportamento sedentário baixo a moderado
  • conexão social frequente

Entendendo os fatores que evitam a depressão

Ainda de acordo com a pesquisa, de todos estes fatores, ter uma boa noite de sono – entre sete e nove horas por noite – fez a maior diferença, reduzindo a chance da condição, incluindo episódios depressivos únicos e depressão resistente ao tratamento, em 22%.

A ligação social frequente, que em geral diminuiu a probabilidade em 18%, foi a que mais protegeu contra o transtorno recorrente.

O consumo moderado de álcool reduz a possibilidade em 11%, a dieta saudável em 6%, a atividade física regular em 14%, nunca fumar em 20% e o comportamento sedentário baixo a moderado em 13%.

Fator genético

Além disso, a equipe examinou o DNA dos participantes, atribuindo a cada um uma pontuação de risco genético. Essa pontuação foi baseada no número de variantes genéticas que um indivíduo carregava e tinham uma ligação conhecida com o diagnóstico . Aqueles com a pontuação de fator genético mais baixa tinham 25% menos probabilidade de desenvolver depressão quando comparados com aqueles com a pontuação mais alta – um impacto muito menor do que o estilo de vida.

O estudo mostrou ainda que, em pessoas com fator genético alto, médio e baixo para depressão, um estilo de vida saudável pode reduzir a possibilidade da doença mental. Esta pesquisa destaca a importância de viver um estilo de vida saudável para prevenir o transtorno, independentemente do perfil genético de uma pessoa.