Harvard descobre que esta bebida popular ajuda a envelhecer bem
As descobertas são de um novo estudo com quase 50.000 mulheres acompanhadas por 30 anos
Uma das bebidas mais populares do mundo, o café, pode ser um aliado no processo de envelhecimento saudável. É o que aponta um estudo recente da Escola de Saúde Pública de Harvard, apresentado no congresso Nutrition 2025. A pesquisa acompanhou mais de 47 mil mulheres ao longo de 30 anos e revelou que o consumo moderado de café está relacionado à preservação da saúde física e mental com o passar do tempo.
“Embora estudos anteriores já tenham associado o café a uma boa saúde, nosso estudo é o primeiro a avaliar o impacto dele em múltiplos domínios do envelhecimento, especialmente do ponto de vista mental, ao longo de três décadas”, disse a pós-doutoranda de nutrição Sara Mahdavi, líder do estudo.
Café favorece corpo e mente na velhice
De acordo com os pesquisadores, mulheres que consumiam, em média, 315 mg de cafeína por dia, equivalente a cerca de três xícaras pequenas de café, apresentaram maior probabilidade de chegar aos 70 anos ou mais com boa saúde física, mental e sem doenças crônicas.
A cada xícara adicional de café, o aumento nas chances de envelhecimento saudável variou entre 2% e 5%, até o limite de cinco xícaras diárias.
Café supera outras bebidas cafeinadas
O estudo avaliou diferentes fontes de cafeína, como chá, refrigerantes e café descafeinado. Apenas o café com cafeína apresentou efeitos positivos consistentes no envelhecimento. O consumo de refrigerantes à base de cola, por exemplo, esteve associado a uma redução de até 26% nas chances de envelhecer bem.
Os resultados indicam que não é apenas a cafeína que faz do café um aliado da longevidade. Compostos bioativos presentes na bebida, como antioxidantes e polifenóis, também desempenham um papel importante na proteção contra o declínio cognitivo e físico.
Os especialistas de Harvard destacam que o café, quando consumido de forma moderada, pode ser um aliado poderoso para quem busca envelhecer com saúde e qualidade de vida. A pesquisa abre caminho para novos estudos sobre como os componentes do café interagem com a genética e podem ser usados em estratégias de nutrição personalizada.