HIV: sintomas, prevenção e onde fazer o teste
Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV, por isso a informação é fundamental para que possamos diminuir os casos
HIV é um termo em inglês para o vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus). Ele é o causador da AIDS e ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
O HIV é uma doença sexualmente transmissível (DST) e também pode ser contraída no contato com sangue infectado ou de forma vertical, no caso de mulheres soropositivas grávidas.
Não há cura para o HIV, mas existem remédios que reduzem bastante a progressão da doença. Eles são chamados de coquetéis antirretrovirais e são responsáveis pela queda no número de mortes em decorrência da infecção em todo o mundo.
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HIV não é AIDS
É preciso dizer: todo mundo que tem AIDS tem HIV, mas nem todo mundo que tem HIV tem AIDS.
Em termos claros, a AIDS só acontece quando a pessoa infectada pelo HIV tem seu sistema imunológico afetado drasticamente pelo vírus, fazendo com que a pessoa fique suscetível a infecções de outras doenças, como câncer e tuberculose.
Mas não é tão simples uma coisa se tornar outra. A infecção evolui quando a pessoa não é tratada e sua imunidade vai diminuindo ao longo do tempo.
Por isso, quando alguém é diagnosticado como soropositivo, é fundamental dar início ao tratamento antirretroviral, que visa impedir a progressão da doença para AIDS.
Como pega HIV?
O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais sem o uso de camisinha ou quando dependentes químicos que compartilham seringas e agulhas contaminadas com sangue.
A transmissão vertical é quando a mulher soropositivo grávida passa o vírus para o bebê na gestação ou no momento do parto. É possível também que ela transmita o HIV na amamentação. Todos esses casos podem ser prevenidos com o tratamento correto.
Uma via de contaminação mais rara, mas que pode acontecer, é a transfusão de sangue. Esses casos são mais difíceis pois os centros médicos possuem protocolos de testagem rígidos – e polêmicos, como no caso da proibição da doação de sangue por pessoas LGBTs.
Como não pega HIV?
Mesmo com as ações de órgãos públicos para desmistificar o tabu em torno do assunto, há inúmeros mitos sobre HIV que ainda circulam por aí, como as formas de transmissão do vírus.
Então, vamos reforçar que não se pega HIV quando:
- Faz sexo com camisinha;
- Se masturba junto com seu parceiro(a) soropositivo ou não;
- Beija no rosto ou na boca de alguém soropositivo ou não;
- Tenha contato com suor e lágrima de alguém soropositivo ou não;
- For picado por um inseto;
- Aperto de mão ou abraça alguém soropositivo ou não;
- Compartilha sabonete, toalha e/ou lençóis de alguém soropositivo ou não;
- Compartilha talheres e/ou copos;
- Compartilha assento de ônibus;
- Utiliza a mesma piscina ou banheiro;
- Doa sangue – é raro, lembra?;
- Respira o mesmo ar de alguém soropositivo ou não.
Sintomas
Uma pessoa pode ser soropositiva e não manifestar sintomas ou desenvolver a AIDS, sabia?
Existe também o período chamado de janela imunológica, que é o período entre o contágio e o início de produção dos anticorpos pelo organismo.
Nesse período, não há detecção de positividade nos testes, porque os anticorpos ainda não se manifestaram contra o vírus. A janela pode variar de 30 a 60 dias.
Fique atento! Embora nesse período a pessoa não seja identificada como HIV positivo, ela já é transmissora.
Mas quais são os sintomas visíveis?
Boa parte das pessoas soropositivas desenvolvem alguns sintomas parecidos com os de um resfriado, um ou dois meses após a infecção do HIV, entre eles:
- Febre
- Mal-estar
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Aumento dos linfonodos, ou ínguas
- Dores de cabeça
- Dor nos músculos
- Erupção cutânea
- Calafrio
- Dor de garganta
- Úlceras orais ou úlceras genitais
- Dor nas articulações
- Sudorese noturna
- Diarreia
- Tosse
Esta é a fase primária ou aguda pode durar por algumas semanas e é bastante perigosa, uma vez que a infecção pode passar desapercebida e a carga viral (quantidade de vírus no sangue) é bastante alta.
Depois deste período os sintomas podem desaparecer espontaneamente por vários anos antes do HIV ser diagnosticado.
Prevenção
Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV. O vírus não faz distinção de gênero, idade ou orientação sexual. Por isso, é preciso que todo mundo se conscientize e tome os cuidados necessários para evitar o contato com as formas de transmissão.
O primeiro cuidado é usar camisinha em todas as suas relações sexuais. É importante também não compartilhar agulhas e seringas ou reutilize objetos perfurocortantes no geral.
No caso de violência sexual, comunique as autoridades o quanto antes e vá a um hospital, de preferência especializado, para que eles possam ministrar os remédios de profilaxia de infecção pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).
As chances de não se desenvolver essas doenças quando a profilaxia é feita poucas horas após o ato é muito maior.
Falando em profilaxia…
Apesar desse nome difícil, as profilaxias são algo positivo e se tornaram mais uma forma de prevenção contra a transmissão do HIV. Atualmente há dois tipos de profilaxia: a PEP e a PrEP.
A Profilaxia Pós-exposição (PEP) é um método de prevenção complementar ao sexo seguro. Ela é indicada para pessoas que se expuseram a situações sexuais de risco para infecção pelo HIV: falha no uso ou ainda rompimento de preservativos.
O tratamento dura 28 dias e se mostrou eficiente em evitar a infecção por HIV em até 72 horas após uma relação sexual de risco. Ela deve ser utiliza apenas sob prescrição médica.
Já a Profilaxia Pré-exposição (PrEP) é uma estratégia de prevenção que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral, por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais.
O medicamento age no corpo bloqueando o ciclo da multiplicação do vírus, impedindo a infecção do organismo.
Vale lembrar que ambos os métodos não substituem o uso da camisinha, pois as profilaxias apenas previnem o HIV e não as demais DST, como Sífilis, Gonorreia e HPV.
Testes de HIV
Para diagnosticar e prevenir doenças sexualmente transmissíveis, o Governo Federal disponibiliza diversos serviços de saúde. Chamados de Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), esses locais realizam testes para HIV, de sífilis e hepatites B e C de forma gratuita.
Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos.
O teste de HIV deve ser feito com regularidade, recomenda-se ser feito de seis em seis meses, e sempre que você tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha.
É muito importante que você saiba se tem HIV para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando que você ganhe muito em qualidade de vida.
Nesta matéria, listamos os serviços públicos de saúde que realizam o exame.