Pesquisa revela qual o impacto da dose de reforço contra a covid

Estudo mediu os níveis de anticorpos após a aplicação da terceira dose de duas marcas de imunizante

Uma pesquisa que avaliou o impacto das doses reforço das vacinas contra a covid-19 comprovou que elas são seguras e aumentam a resposta imunológica. De acordo com o estudo publicado no periódico científico The Lancet na quinta-feira, 2, a dose adicional pode aumentar em até 32 vezes o número de anticorpos.

A pesquisa foi feita em pessoas que tinham tomado as vacinas Oxford-AstraZeneca, Pfizer-BioNTech, Moderna, Novavax,  Janssen e Curevac. Após o completar o esquema vacinal com as duas doses, elas receberam a dose extra da AstraZeneca ou da Pfizer.

Dose de reforço da vacina da covid-19 aumenta anticorpos em até 32 vezes
Créditos: Design Cells/istock
Dose de reforço da vacina da covid-19 aumenta anticorpos em até 32 vezes

De acordo com os autores do estudo, os níveis de anticorpos gerados pela terceira dose em pessoas previamente  vacinadas com AstraZeneca variaram de 1,8 a 32,3 vezes.

Já entre os indivíduos imunizados com as duas doses da Pfizer, a terceira dose elevou os anticorpos para níveis que variaram entre 1,3 a 11,5 vezes.

Terceira dose da vacina da covid aumentou em ate 32 vezes o nível de anticorpos
Créditos: Boyloso/istock
Terceira dose da vacina da covid aumentou em ate 32 vezes o nível de anticorpos

No total, 2.878 pessoas com mais de 30 anos participaram o estudo no Reino Unido. As doses foram aplicadas cerca de 70 dias após o fim do ciclo vacinal. Os dados sobre os anticorpos foram colhidos 28 dias depois da dose de reforço.

Os eventos adversos mais relatados após a aplicação da terceira dose da vacina foram fadiga e dor no local, mais comuns em pessoas de 30 a 69 anos do que em pessoas de 70 anos ou mais.

“Os dados mostram que as vacinas são seguras para uso como terceira dose, com níveis aceitáveis ​​de efeitos colaterais, como dor no local da injeção, dor muscular e fadiga”, diz Saul Faust, líder do estudo e diretor do Centro de Pesquisa Clínica do National Institute for Health Research (NIHR), do Reino Unido.