Influenciadora teve cegueira após uso de produto de cabelo

Recentemente, quase duzentas mulheres procuraram atendimento de emergência no Rio de Janeiro após uso de pomadas para penteados

11/01/2023 17:14

A influenciadora Bielle Elizabeth disse em suas redes sociais que sofreu cegueira temporária após o uso de um produto de cabelo e fez um alerta aos seus seguidores.

Ela contou que utilizou uma pomada para fazer a técnica baby hair, que deixa os fios finos e curtos colados na testa. Após fazer o penteado, Bielle pegou chuva, e o produto escorreu para os olhos, causando a perda imediata da visão.

Influenciadora teve cegueira temporária após uso de produto de cabelo
Influenciadora teve cegueira temporária após uso de produto de cabelo - reprodução/Instagram/Bielle.e

Embora não tenha revelado a marca do produto, recentemente, quase duzentas mulheres procuraram atendimento de emergência oftalmológica no Rio de Janeiro após ter queimaduras nos olhos causadas pelo uso da Cassu Braids, pomada utilizada para fazer penteados, como tranças e baby hair.

Após serem notificadas, a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio do Janeiro (Ivisa-Rio) proibiram a comercialização do produto.

As autoridades orientaram o uso apenas produtos registrados na Anvisa, respeitando as instruções e o prazo de validade. Em caso de coceiras, irritações ou alergias, a recomendação é suspender o uso do produto e procurar orientação médica.

Risco de cegueira

Recentemente, a Anvisa emitiu um alerta sobre o risco de cegueira temporária, possivelmente associada a produtos utilizados para trançar e modelar cabelos comercializados no país.

“Cegueira temporária foi um dos efeitos indesejáveis notificados à Agência”, disse a Anvisa em nota. “Uma vez que esses produtos, após aplicados, podem permanecer por horas ou dias nos cabelos, faz-se necessário um cuidado especial com os olhos, buscando sua proteção, quando os cabelos entrarem em contato com água”, destaca o documento.

Um dos casos notificados à agência, em março deste ano, levou o órgão a suspender a comercialização da pomada Ômegafix, que teria causado queimadura nas córneas de uma mulher após ela passar o produto e mergulhar na piscina.