Insônia atrapalha diretamente sua performance sexual, diz estudo

Descubra a relação entre sono, saúde mental e sexualidade

27/01/2024 11:00

A insônia, distúrbio caracterizado pela dificuldade de iniciar ou manter o sono durante a noite, tem demonstrado um impacto significativo na vida sexual de indivíduos, especialmente mulheres, de acordo com recente pesquisa realizada pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.

Insônia atrapalha diretamente sua performance sexual, diz estudo
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Insônia atrapalha diretamente sua performance sexual

Na investigação, publicada em dezembro de 2023 no Journal of Psychosomatic Research, foi observado que a insônia pode estar fortemente associada a uma pior função sexual.

As mulheres, em particular, foram as mais prejudicadas, com mais da metade (53,8%) sofrendo de problemas sexuais, como baixa satisfação e dificuldade para atingir o orgasmo, quando expostas à insônia. Nos homens, a insônia levou a queixas na vida sexual em 23% dos casos.

Os efeitos da privação do sono

A falta de sono de qualidade pode ser uma indicação de alterações na saúde física ou mental, geralmente causadas por fatores como estresse, ansiedade, consumo de álcool e cafeína, e uso de camas desconfortáveis. Sete em cada dez brasileiros sofrem com alterações no sono, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Melhorando a qualidade do sono

A qualidade do sono pode ser melhorada através da implementação de uma rotina saudável.

Criar uma rotina fixa de dormir e acordar, evitar alimentos e bebidas estimulantes antes de deitar e praticar técnicas de relaxamento, tais como respiração profunda, ouvir música suave ou ler um livro, são algumas das estratégias que podem levar a uma noite de descanso mais produtiva e à melhoria da qualidade de vida sexual.

Pesquisa revela impacto no comportamento sexual

No estudo da Universidade de Rochester, 1.226 pessoas (618 homens e 648 mulheres) com uma média de idade de 45 anos foram entrevistadas para avaliar tanto a qualidade do seu sono como a sua vida sexual.

O estudo, intitulado “Sono e Sexo II”, incluiu medidas que abordavam insônia, medo de dormir, pesadelos, função sexual, satisfação sexual, atividade sexual, depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e consumo de álcool.

Os pesquisadores descobriram que as mulheres tinham uma taxa aproximadamente duas vezes maior de insônia e disfunção sexual em comparação aos homens.

Além disso, atividades sexuais recentes foram correlacionadas com um melhor sono, menor ansiedade e pontuações mais baixas em exames de transtorno de estresse pós-traumático.

Portanto, a necessidade de promover um sono de qualidade não deve ser subestimada, considerando seu impacto direto na saúde mental, física e sexual dos indivíduos.